O presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro, Ricardo Nicodemos, disse que a questão número 7 do “Enem dos Concursos” demonstra uma visão equivocada sobre o setor.
O Concurso Nacional Unificado, popularmente chamado de “Enem dos Concursos”, objetiva promover, por meio de exame, a seleção de funcionários públicos. A primeira edição foi realizada no fim de semana dos dias 17 e 18 de agosto.
Agro diz haver distorção da realidade
O dirigente fez a crítica na última terça-feira, 20, em entrevista ao Canal Rural. Na questão, a prova tenta atribuir ao agronegócio a responsabilidade por disseminar, por exemplo, a ideia de que os povos indígenas são um entrave ao desenvolvimento.
A pergunta criticava, principalmente, o que foi considerado como “exploração predatória da terra”, relacionando o conceito diretamente ao agronegócio.
Na opinião de Nicodemos, esse tipo de questão ilustra um cenário “em que as instituições de ensino am uma imagem distorcida do agronegócio”.
+ Leia mais notícias de Agronegócio na Oeste
Para embasar a sua crítica, o dirigente citou um estudo recente da Universidade de São Paulo. Conforme o material, 60% das referências ao agronegócio, em livros didáticos, são negativas.
Nicodemos acrescentou: “Precisamos unir o setor e trabalhar para levar o conhecimento real à sociedade urbana”.
A Força do Agro #290: assista ao programa de 20/8/2024
O presidente da entidade disse que o exame reproduz uma percepção equivocada sobre a relação entre indígenas e o agronegócio. “Atualmente, temos índios que trabalham e sobrevivem no setor, produzindo café e cacau de excelente qualidade”, afirmou Nicodemos. “Os indígenas fazem parte do agronegócio, e o setor os acolhe muito bem.”
Nicodemos destacou a necessidade de o setor trabalhar contra informações falsas, como as que estavam presentes no “Enem dos Concursos”. Nesse sentido, citou o Projeto Marca Agro do Brasil, que visa monitorar e, assim, combater as fake news relacionadas ao agronegócio.
Leia também: “Existem mais vacas no Brasil do que gente na Holanda”
o ministério da educação está aparelhado mesmo. A desinformação está clara e o objetivo é dividir o país acusando setores que produzem, criam empregos, geram renda e utiliza tecnologia de ponta. Aqui na região o Agro vem crescendo e não se vê disputas de terras pelos índios e a maioria dos produtores são pequenos e médios. Generalizar é uma arma dos ditadores e comunistas demagogos. Se o concurso nacional elaborar questões sobre a praga do comunismo e da corrupção o que faria o Ministro? Veja que tudo isto é crimiem praticado pelo governo. Doutrinação pura.