Um dos mais potentes motores de desenvolvimento é o comércio internacional. Cada país vende seus melhores produtos e compra aquilo em que sua produção local não é tão eficiente. Para o Brasil, poucos combustíveis impulsionam tanto quanto as exportações de soja. Mas a queda de quase 10% no preço médio por tonelada derrubou o faturamento, mesmo com o aumento das remessas do grão.
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É uma grande vantagem para a China — a principal cliente da agricultura nacional. O gigante comunista aumentou em 9,5% o volume de soja comprada do Brasil em abril de 2025, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, a receita brasileira nesse mercado foi 1% menor.
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Cada tonelada que o agro nacional entregou ao mercado chinês saiu do país pela média de US$ 386. Um ano antes, o ganho pela mesma quantidade estava em cerca de US$ 427.
Desconto camarada?
Os pouco mais de US$ 40 em cada mil quilos podem não parecer muito, quando vistos de modo isolado. Entretanto, quando a diferença é aplicada aos milhões de toneladas exportadas, uma montanha de dinheiro some da balança comercial.
Se as toneladas de abril fossem vendidas por valores iguais aos do ano anterior, o Brasil teria um extra de US$ 400 milhões. Em vez disso, a China conseguiu por volta de 1 milhão de toneladas a mais e desembolsou quase US$ 50 milhões a menos.
Má notícia. É menos dólar para os brasileiros comprarem aquilo que o “custo Brasil” impede a indústria nacional de fazer bem-feito. São produtos complexos, como smartphones, notebooks e carros elétricos, além dos simples, como as lâmpadas de LED — e essa lista não para de crescer, diferentemente do preço das commodities.
Brasil e China, unidos pela soja
Ao menos quando o assunto é o grão, a relação entre os dois países é equilibrada, conforme mostram os dados da balança comercial entre eles. Cerca de 70% da safra de soja do Brasil vai para a China — ao mesmo tempo, 70% de todo o consumo chinês vem das lavouras brasileiras. Um necessita da comida, o outro precisa do dinheiro.
