Hiroki Koga é um perfeccionista. Quando se mudou para os Estados Unidos, sentiu falta do gosto do Japão, sua terra natal. Para não ficar na saudade, criou a Oishii — uma empresa em que estruturas semelhantes a fábricas geram morangos e tomates precisamente calibrados ao paladar japonês.
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“Oishii” significa delicioso — o destino manifesto do negócio. Para cumprir a missão, o empresário criou verdadeiras linhas de montagem da agricultura. Prateleiras abrigam plantas em fila, com o cultivo a cargo de humanos e robôs. A equipe “multiespécies” trabalha em uma harmonia orquestral, com a inteligência artificial como maestro.
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Ao todo, três “fábricas” produzem os morangos e os tomates Oishii. A mais recente é a Amatelas — uma referência mitológica à deusa japonesa do sol, Amaterasu. Ainda assim, nada de raios solares nas plantas do lado de dentro.
Os galpões deixam as intempéries climáticas do lado de fora. Assim, nada de sol, lua, geadas, chuvas nem a neve rígida do inverno de Nova Jersey, Estado onde estão todas as operações do grupo.
Fábricas de morangos e tomates — e de lucro orgânico
Com tantos recursos, defensivos convencionais se tornaram dispensáveis. Em vez disso, um espaço livre das pragas graças a um ambiente milimetricamente calibrado, onde a fauna se compõe exclusivamente de insetos polinizadores — além dos robôs e dos humanos.
“Somos a única empresa que conseguiu criar o ecossistema interno ideal para abelhas e produtos naturalmente polinizados nessa escala”, disse Koga, orgulhoso, em entrevista à Forbes. “Algo antes considerado impossível na agricultura.”
Não é um processo barato, mas a Oishii produz para o mercado . Tanta tecnologia, entretanto, gera frutas com a matéria-prima para o sucesso: o “sabor deliciosamente doce e refrescante” importado do Japão — a aposta certeira de Koga que transformou tomates e morangos especiais em grandes fábricas de dinheiro.