Um avião agrícola de pequeno porte colidiu com uma torre de transmissão na zona rural de Serranópolis, sudoeste de Goiás. O piloto, Leonardo Meca Ticianelli, de 38 anos, morreu no acidente, segundo informações do Corpo de Bombeiros. A colisão ocorreu no final da tarde de sábado 26. O piloto trabalhava na aplicação de produtos químicos em plantações de fazendas da região.
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A Polícia Técnico-Científica esteve no local e relatou que a aeronave bateu na torre, que tem pouco mais de 50 metros de altura, enquanto se aproximava de uma pista de pouso, a cerca de 6 quilômetros. O impacto fez o avião girar e cair em uma plantação de cana-de-açúcar, segundo testemunhas.
O piloto, residente em Jataí (GO), estava sozinho no avião. O profissional sofreu politraumatismos fatais, com graves lesões no rosto e na perna. O avião, de uma empresa terceirizada, é contratado para aplicar defensivos agrícolas nas fazendas na região sudoeste do Estado.
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A perícia preliminar não identificou indícios de falha mecânica na aeronave, mas o acidente seguirá em investigação para verificar possíveis fatores adicionais que possam ter contribuído.
Brasil tem maior número de mortes por acidentes de avião em 11 anos
O Brasil registrou o maior número de mortes em acidentes aéreos em 11 anos. Em 2024, até setembro, 127 pessoas morreram em acidentes que envolvem aeronaves. Os dados são do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), do Ministério da Defesa.
Conforme o sistema, o número de mortes representa o maior da série histórica, que começou em 2014. O segundo ano que mais registrou mortes foi 2016, quando 104 pessoas morreram em acidentes aéreos no Brasil.
Desde 2014, pelo menos 833 pessoas morreram pelo mesmo motivo. Neste ano, até setembro, o país registrou 136 acidentes aéreos. Desses, 33 resultaram em mortes.
O acidente mais grave ocorreu em agosto, quando 62 pessoas morreram na queda de um avião comercial da Voe em Vinhedo, na Região Metropolitana de Campinas (SP). A aeronave, que partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP), com 58 ageiros e quatro tripulantes, caiu em um condomínio. Não houve sobreviventes. Ninguém morreu no solo.
Neste ano, falha ou mal funcionamento do motor foi o principal motivo dos acidentes. Houve 42 casos. Já 27 acidentes ocorreram por causa de exclusão de pista, quando a aeronave sai da superfície da pista durante o pouso ou decolagem.
Mato Grosso foi o Estado que mais registrou acidentes aéreos em 2024 — 26 casos —, seguido por São Paulo, com 21, e o Pará, com 14 acidentes. Já a cidade com mais registro neste ano foi Cuiabá, com três acidentes.
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