De acordo com dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as cidades de Belém (PA) e Manaus (AM) concentram os maiores porcentuais de moradias em favelas e comunidades urbanas no Brasil.
Sede da COP30, Belém registra o maior percentual de domicílios em áreas de favela entre as capitais brasileiras: 55,6%. O cenário não é recente: em 2010, a capital paraense já liderava o ranking de moradores em áreas precárias, com 54,5% da população vivendo nessas condições. Desde então, a situação permanece crítica em vários bairros.
Em segundo lugar está Manaus, com 53,9% dos domicílios em áreas de favela. Salvador ocupa a terceira posição, com 42,2% das moradias situadas em assentamentos classificados como “subnormais”.
Rio de Janeiro não é a capital com mais casas em favelas

Outras capitais do Norte e Nordeste também figuram entre as mais favelizadas do país: em São Luís (MA), 33,4% dos domicílios estão em áreas precárias, seguida por Macapá (AP), com 26,9%, e Recife (PE), com 23,7%. Fortaleza (CE), Teresina (PI) e Vitória (ES) também apresentam índices superiores a 20%.
O Rio de Janeiro, tradicionalmente associado à imagem das favelas, aparece em décimo lugar no ranking proporcional, com 20,8% dos domicílios em comunidades. Embora o porcentual seja menor do que o de várias capitais do Norte e Nordeste, a cidade segue concentrando um dos maiores números absolutos de moradias em favelas no país.
No total, mais de 3,1 milhões de domicílios estão localizados em favelas e comunidades urbanas nas capitais brasileiras, o que representa 18,7% das moradias dessas cidades.
COP30: obras de esgoto beneficiam apenas 3% da população de Belém

Com o anúncio de grandes investimentos para a COP30, moradores de bairros periféricos de Belém, como Tapanã, expressam frustração ao perceber que as obras de coleta de esgoto beneficiam apenas uma pequena parcela da população.
Apesar da promessa de melhorar a infraestrutura urbana, apenas cerca de 40 mil pessoas, o que representa 3% dos habitantes da cidade, serão contempladas diretamente por essas ações de saneamento.
Enquanto o governo do Pará divulga que mais de 500 mil pessoas serão favorecidas pelas obras, o número real de beneficiados pela coleta de esgoto é muito menor. Os trabalhos incluem também drenagem pluvial, urbanização de ruas e melhoria de áreas de lazer em 13 canais das principais bacias da região.
O investimento totaliza R$ 1 bilhão, com financiamento do BNDES, em 12 canais, e da Itaipu Binacional, em um canal.
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Eis a socialização da sociedade, a divisão da pobreza, a harmonia da miséria, a falta de dignidade ovacionada. Aí está o populismo concretizado, emoldurado em latrinas.
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