O funkeiro Oruam, filho de Marcinho VP, um dos chefes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), foi classificado como “poeta da favela” pela revista britânica Dazed. A entrevista com Oruam foi publicada na segunda-feira 2, no mesmo dia em que o assassinato do jornalista Tim Lopes completa 23 anos.
Oruam tem uma tatuagem em homenagem a Elias Maluco, que ordenou o assassinato do profissional. Na época, Lopes fazia uma reportagem sobre prostituição infantil em bailes funk na Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro, uma das regiões comandadas pelo CV.
A Dazed ainda tenta suavizar a imagem de Oruam, destacando seu lado “humano”: um jovem tímido, criado em lar evangélico e elogiado pela família por seus poemas.
A publicação também adota a narrativa de que o funkeiro é vítima da “agenda conservadora” no Brasil, ao mencionar o “PL Anti-Oruam”, proposto pela vereadora paulistana Amanda Vettorazzo (União). A iniciativa busca proibir o uso de recursos públicos em eventos que façam alusão ao crime organizado.
Ensaio fotográfico de Oruam faz alusão às ferramentas de trabalho de Tim Lopes
Além de ter sido publicado justamente na data do assassinato de Tim Lopes, o artigo traz no ensaio fotográfico uma imagem de Oruam segurando um fuzil montado com câmeras fotográficas. Jornalista investigativo, as câmeras eram a principal ferramenta de trabalho de Lopes.
Oruam já se referiu a Elias Maluco como “tio” em algumas ocasiões. No caso do assassinato de Tim Lopes, os criminosos queimaram os olhos do jornalista com um cigarro.
Em seguida, Elias Maluco, armado com uma espada de samurai, mutilou Lopes — cortando mãos, braços e pernas enquanto ele ainda estava vivo. Depois, o corpo foi colocado em pneus, coberto com diesel e incendiado.
O método, conhecido como micro-ondas, acabou se consolidando como prática entre traficantes nas favelas mais violentas do Rio na época.
Conexões com o Comando Vermelho
Conforme exposto no artigo “A glamourização do crime”, publicado na Edição 258 da Revista Oeste, Oruam não esconde sua afinidade pela facção criminosa. As ligações vão além das conexões familiares.
No YouTube, há um vídeo do artista cantando Faixa de Gaza, de MC Orelha, que faz uma referência direta à facção criminosa.
“Na Faixa de Gaza, só homem-bomba / Na guerra é tudo ou nada (…) Por isso eu vou mandar / Por isso eu vou mandar assim / Comando Vermelho RL até o fim / É vermelhão desde pequenininho.”
Oruam também participou da música A Cara do Crime 5 (e Caro), ao lado de MC Poze do Rodo, ex-integrante confesso do Comando Vermelho. Recentemente, Poze foi preso por apologia ao crime organizado, mas acabou solto nesta segunda-feira depois de obter um habeas corpus.
Oruam e sua namorada, Fernanda Valença, foram padrinhos do casamento de Poze com Vivi Noronha. De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, empresas em nome de Vivi foram utilizadas em esquemas de lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho.
Que morra na cocaína e na puta que o paRIU!
Poeta da favela. A Midia da Europa apenas não quer ver o tráfico, a miséria, o analfabetismo, a violência, a falta de saneamento, as injusticas.. Mas receber ano após ano cocaína do Brasil, ela se cala.
e estão se reproduzindo como moscas… em breve, haverão mais deles do que de pagadores de impostos.
Já existem.