O gol é o grande momento do futebol. Uma verdade tão absoluta do esporte bretão que virou até nome de épico programa idealizado por Alexandre Santos e apresentado por décadas na TV Bandeirantes por este que vos escreve.
E não é raro ouvir de muitos dos jogadores “véios” que vivem conversando comigo: “Miltão, sabe o que é triste? Saber que nunca mais sentiremos a sensação única de marcar um gol com estádio lotado”.
Para nós, meros mortais que nunca chutamos uma bola, pode até parecer bobagem. Mas, para quem já sentiu o sabor único da emoção maior do esporte mais apaixonante do planeta, é um vazio que toca fundo após as chuteiras serem penduradas.
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Por isso, jamais vou entender jogador de futebol que marca gol e não comemora “em respeito ao seu antigo clube”. Ali, o atleta está perdendo a oportunidade de curtir um momento que, depois da aposentadoria, ele daria todas as suas economias para reviver.
Além, é claro, de mostrar não ter tanta consideração assim pelas cores que está vestindo naquele momento.
A burrice de fazer gol e mandar a torcida calar a boca
Mas existe ainda uma burrice muito maior: marcar um gol e xingar ou mandar calar a boca a própria torcida. É o que vimos na bizarra cena protagonizada por Richard Ríos na vitória palmeirense diante do paraguaio Cerro Porteño nesta quarta-feira, 9.
Nesse caso, além de perder a oportunidade de viver toda a emoção de um gol, o jogador comprou uma briga muito feia com os torcedores. E bota feia nisso, já que não existe para os adeptos ofensa maior do que esta no futebol.
Uma pena, pois Ríos, titular da boa Seleção Colombiana de Futebol, é ótimo jogador e merecia vestir a camisa do Palmeiras por muitos anos. Agora, contudo, ele terá que ralar muito para reconquistar os sempre gelados corações palmeirenses.
Que tenha aprendido e que fique a lição também para os demais jogadores. Aproveitem o sublime momento do gol, pois vocês não sabem como fará falta esta sensação depois que vocês pendurarem as chuteiras.