Os três Estados do Sul permanecem em situação de atenção até o fim desta semana. A chegada de uma frente fria, combinada com uma intensa massa de ar polar, acende o alerta para chuvas fortes, temperaturas abaixo de zero e risco de neve em alguns pontos da região. A previsão foi divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
As instabilidades começaram nesta segunda-feira, 26, no Rio Grande do Sul. Diversas partes do Estado registraram volumes expressivos de chuva, com possibilidade de granizo. O cenário se agrava nesta terça-feira, 27, quando a frente fria avança sobre o território gaúcho e deve provocar tempestades severas na região da Campanha e no noroeste.
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Ao longo desta quarta-feira, 28, a massa de ar frio atinge o oeste dos três Estados, derruba as temperaturas de forma brusca e inaugura uma forte onda de frio, que mantém os termômetros próximos de zero. Na sexta-feira 30, a previsão aponta geada intensa, especialmente nas serras e no norte do Rio Grande do Sul, além de Santa Catarina e Paraná.
O avanço do ar polar impacta também outras regiões. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e o sul do Amazonas enfrentarão forte queda de temperatura entre os dias 28 e 30. Em Cuiabá, por exemplo, a temperatura máxima despenca de 34ºC para 21ºC no intervalo de dois dias.
O fenômeno marca a primeira friagem de 2025, com queda expressiva nas temperaturas até na Região Norte.
Risco de neve e frio extremo, diz Inmet
Meteorologistas não descartam neve em pontos específicos do Sul. A probabilidade aumenta entre a noite desta quarta-feira e a madrugada de quinta-feira 29, especialmente nas serras do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e no sul do Paraná. As condições para o fenômeno incluem temperaturas que podem variar entre 2°C e -2°C, além da alta umidade.
O Inmet emitiu alerta laranja para grande parte do país. O comunicado destaca risco à saúde por conta da queda acentuada de temperatura, que deve ficar pelo menos 5°C abaixo da média em várias regiões.
A Climatempo ressalta que esta onda de frio se diferencia das anteriores. Isso porque ela avança pelo interior do continente, sem influência marítima, o que garante maior intensidade e persistência. Massas de ar frio que se deslocam pelo oceano costumam perder força com maior rapidez.
Outro fator que amplifica o frio é a baixa umidade do ar. Quanto mais seco o ambiente, maior a sensação térmica de resfriamento. Esse tipo de massa polar, com características continentais, tem força suficiente para espalhar o frio até o interior do Sudeste, do Centro-Oeste e de partes da Região Norte.
Os modelos meteorológicos indicam temperaturas abaixo de zero no Sul e abaixo dos 10°C no Centro-Oeste e no Sudeste. No Acre, em Rondônia e no sul do Amazonas, a friagem será menos intensa, mas perceptível.
Frio chega em dois pulsos
Os meteorologistas também observam um comportamento típico desse fenômeno: o avanço em dois pulsos. A primeira massa polar começa nesta terça-feira e se espalha até o dia 30. Logo na sequência, uma nova frente fria entra no Brasil no início de junho e deve se estender até o dia 3.
Entre um pulso e outro, o aquecimento não será suficiente para neutralizar o frio. Por isso, as temperaturas permanecerão muito baixas no centro-sul do Brasil por vários dias consecutivos.
A onda de frio chega pouco antes do início oficial do inverno, marcado para 20 de junho, e já se destaca como uma das mais fortes dos últimos anos.
O Presidente (ladrãozinho) sofre de labirita.