A Americanas acusou novamente o ex-CEO Miguel Gutierrez de participar de fraude de mais de R$ 25 bilhões nos balanços contábeis da companhia e de ocultar a situação dos membros do Conselho de istração.
A acusação reiterada faz parte de petição protocolada no domingo 10, no âmbito do processo sigiloso que o Bradesco move contra a Americanas.
Em comunicado oficial, os representantes da Americanas listam novas evidências, anexadas à ação judicial, que comprovam a falsificação dos demonstrativos financeiros.
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Evidências de fraude
De acordo com o documento, localizou-se um arquivo digitalizado em iPad corporativo com anotações de próprio punho de Miguel Gutierrez, que apontam a existência de duas versões de demonstrativos da Americanas: uma de uso interno da antiga diretoria, outra destinada ao Conselho de istração.
Além disso, afirmam ter apensado um e-mail de Gutierrez aos ex-diretores, em que os orientava a não levar para reunião com Sérgio Rial, futuro CEO que o substituiria, respostas a dúvidas sensíveis em relação ao orçamento do quarto trimestre de 2022 e endividamento da companhia.
A Americanas também nega alegação de Gutierrez de que todos os órgãos da istração tinham ciência de que a companhia estava em dificuldades financeiras.
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A defesa da empresa usa como prova documentos apresentados ao Comitê Financeiro em novembro de 2022, em que diretoria liderada por Gutierrez compartilha a visão de que a Americanas geraria R$ 500 milhões de caixa no quatro trimestre de 2022 e de que continuaria gerando caixa nos anos subsequentes, mantendo índice de endividamento financeiro saudável.
A companhia ainda contesta argumentação de Gutierrez de que não participava de deliberações estratégicas, pois mensagem sobre ações do Comitê Financeiro e agenda de reuniões do Conselho mostram que ele era ativo na gestão da companhia, como se espera de qualquer presidente.
Por fim, reafirma que o relatório preliminar apresentado à Comissão Parlamentar de Inquérito (I) se baseia em documentos que revelam que as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior das Americanas, liderada por Miguel Gutierrez.

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