Suspensão das fábricas chinesas de painéis e turbinas eólicas atrasou projetos em todo o mundo. O setor poderá até perder espaço na geração de energia dos EUA

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As consequências das paradas de muitas fábricas chinesas devido ao surto de coronavírus estão sendo sentidas por muitos setores da indústria, o da geração de energia renovável é um deles.
Segundo a revista Rolling Stone, a participação da energia solar na matriz energética americana não crescerá pela primeira vez desde os anos 1980. As duas principais fabricantes de painéis solares, a JinkoSolar Holding e a Canadian Solar, viram seu valor de mercado despencar nas bolsas de valores.
O desabastecimento causado pela paralisação das fábricas não é o único problema, conforme a revista. Com os governantes preocupados em combater o vírus e não deixar a economia afundar, a questão das fontes de energias renováveis não será priorizada.
Com as fábricas na China voltando a operar, espera-se que as encomendas atrasadas sejam logo entregues e que os projetos suspensos por falta de material possam ser retomados.
Para o diretor da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, em entrevista ao jornal The Guardian, é primordial que qualquer pacote de incentivo à economia, após a pandemia da covid-19, tenha como prioridade as fontes renováveis. “Temos uma importante janela de oportunidade. Essa crise não pode afetar a transição energética”, afirmou Birol ao periódico londrino.