O mistério em torno da morte do papa João Paulo I ainda persiste. Ele morreu em 29 de setembro de 1978, apenas 33 dias depois de assumir a liderança da Igreja Católica.
O Vaticano atribuiu a morte a um ataque cardíaco. Contudo, várias teorias continuam a alimentar dúvidas. Entre elas, há sugestões de envenenamento e assassinato.
O escritor britânico David Yallop, no livro Em nome de Deus, sugere que o papa morreu depois de descobrir escândalos financeiros no Vaticano.
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Já o mafioso italiano Antoni Raimondi, em suas memórias, afirma ser o responsável pelo crime, embora nenhuma das alegações tenha sido comprovada. A recusa da Santa Sé em permitir uma autópsia no corpo também acrescentou combustível às suspeitas.
Albino Luciani, o papa João Paulo I
Nascido em 17 de outubro de 1912, em Forno di Canale, Itália, Albino Luciani foi ordenado sacerdote em 1935. Em 1969, tornou-se arcebispo patriarca de Veneza. Em 1973, foi nomeado cardeal.

A eleição como Papa, em 26 de agosto de 1978, surpreendeu muitos, pois ele não era um dos favoritos. O nome João Paulo foi escolhido para homenagear seus predecessores João XXIII e Paulo VI.
Nos 33 dias de papado, João Paulo I era conhecido pela humildade e bom humor. O pontífice tinha o hábito de tomar café na sacristia antes da missa. Na manhã da morte, a freira Vicenza Taffarel deixou a bebida na capela, mas encontrou-a intocada ao retornar.
“Um sorriso leve”
A religiosa achou aquilo estranho. Ela foi até os aposentos do papa e o encontrou deitado, com óculos no rosto e papéis ao lado.
“O rosto não mostrava sofrimento”, relatou Margherita ao jornal italiano La Stampa, em 2017. “Na verdade, tinha um sorriso leve. Parecia estar dormindo.”
O contexto da época era turbulento. A Itália enfrentava tensões depois da morte do papa anterior e o sequestro e assassinato de Aldo Moro, ex-primeiro-ministro. Em 2022, o papa Francisco avançou com a beatificação de João Paulo I ao reconhecer um milagre atribuído a ele. Apesar das controvérsias, a versão oficial do Vaticano sobre a morte permanece inalterada.
Não houve autópsia e foi enterrado no mesmo dia. São fatos históricos indiscutíveis. Seguiu-se da eleição de Wojtila, que escolheu o nome do predecessor para deixar claro as motivações da sua eleição e o seu significado. Afastou o Cardeal Marcinkus, que cuidava das finanças do Vaticano e que viveu o resto de seus dias em abandono no Vatinano. Se de lá saísse seria preso.
Historietas sem confirmação alguma …