O primeiro debate presidencial de Donald Trump contra Joe Biden, marcado para a quinta-feira, 27, será mediado por dois jornalistas críticos do ex-presidente republicano. O embate entre candidatos será televisionado pelo canal CNN.
Jake Tapper e Dana Bash são judeus e têm experiência na cobertura de conflitos no Oriente Médio. Espera-se que os principais temas do debate sejam a situação econômica do país, a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e o aumento do antissemitismo nos Estados Unidos.
A escolha dos jornalistas para o debate presidencial foi alvo de críticas nas redes sociais. No Twitter/X, alguns usuários questionaram se a mediação de Tapper e Dana será imparcial e “confiável”, visto que ambos já fizeram comentários negativos contra Trump no ado.
Um levantamento do portal conservador Breitbart reuniu algumas das falas dos jornalistas sobre o republicano. Tapper já chamou Trump de “insano”, afirmou que ele era um “pesadelo” para milhares de norte-americanos e insinuou que o ex-presidente conspirou com a Rússia nas eleições de 2016.
Dana, por sua vez, já disse que Trump é machista, alegou que o republicano já fez comentários antissemitas e afirmou que “lamentava” o fato de a Suprema Corte dos EUA ter decidido manter Trump na corrida presidencial de 2024.
What a Freaking Joke! Who actually believes this is going to be a “fair” debate??
— Lucy (@TheLucyShow1) June 25, 2024
“Jake Tapper and Dana Bash are well respected veteran journalists who have covered politics for more than five decades combined," CNN said in a statement. 🤡 pic.twitter.com/fGR5oBZx8g
Em um comunicado divulgado na segunda-feira 24, a CNN afirmou que “não há profissionais melhores” para mediar o debate entre os candidatos.
“Jake Tapper e Dana Bash são jornalistas veteranos respeitados, que cobrem política há mais de cinco décadas combinadas”, disse a CNN, em nota. “Eles têm ampla experiência em moderar debates políticos importantes, incluindo o Debate das Primárias Presidenciais Republicanas da CNN neste ciclo. Não há duas pessoas melhor equipadas para co-moderar uma discussão substancial e baseada em fatos, e estamos ansiosos para o debate em 27 de junho em Atlanta.”
Âncora da CNN encerra entrevista com porta-voz de Trump de forma abrupta
A jornalista Kasie Hunt, da CNN, interrompeu abruptamente a transmissão da entrevista com Karoline Leavitt, porta-voz da campanha de Donald Trump, poucos dias antes do primeiro debate presidencial entre Trump e o presidente Joe Biden. O caso ocorreu na manhã da segunda-feira 24.
Kasie Hunt encerrou a entrevista de poucos minutos depois de perguntar a Leavitt sobre a estratégia de Donald Trump para o debate que ocorrerá em Atlanta, Geórgia, na próxima quinta-feira, 27.
“O presidente Trump está bem preparado antes dos debates de quinta-feira”, disse Leavitt durante entrevista com Kasie Hunt. “Ao contrário de Joe Biden, ele não precisa se esconder e deixar que seus conselheiros lhe digam o que dizer. O presidente Trump sabe o que quer dizer.”
Leavitt declarou que o palco do debate seria um “ambiente hostil” para Trump, acusando os moderadores da CNN, Jake Tapper e Dana Bash, de tendenciosidade na cobertura sobre Trump nos últimos anos.
“We’re going to stop this interview.” Trump spokesperson Karoline Leavitt goes on CNN and keeps attacking CNN debate s Jake Tapper and Dana Bash. Anchor Kasie Hunt gets fed up and dumps Leavitt from the air. pic.twitter.com/09gDp0Ymjy
— Mike Sington (@MikeSington) June 24, 2024
“É por isso que o presidente Trump está conscientemente entrando num ambiente hostil nesta mesma rede da CNN com moderadores de debate que tornaram suas opiniões sobre ele muito conhecidas ao longo dos últimos oito anos na sua cobertura tendenciosa sobre ele”, declarou.
Hunt rapidamente respondeu que seus colegas eram “profissionais” e exibiu clipes com comentários de Trump sobre os moderadores. Quando Leavitt tentou intervir dizendo que estava “declarando fatos” sobre os comentários ados dos colegas de Hunt, a âncora a interrompeu várias vezes.
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Que jornalista GROSSA.
Nosso equivalente seriam a Dani Lima e Rafael Colombo.
A esquerda não dá trégua.