A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou, nesta terça-feira, 4, um pacote de defesa para o continente. A medida responde à instabilidade geopolítica provocada pelos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia.
O projeto prevê a criação de um fundo de € 150 bilhões para financiar as forças militares das nações europeias. Von der Leyen afirma que o pacote “permitirá que os países unam suas demandas e façam compras conjuntas”.
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A iniciativa abrange a aquisição de equipamentos militares, como veículos aéreos não tripulados e tecnologia cibernética, para reforçar as estruturas de defesa antiaérea. No total, a proposta deve alcançar um custo de € 800 bilhões.
Von der Leyen também sugeriu isentar de impostos os gastos militares do bloco. Com essa mudança, os países poderão direcionar mais verbas para a segurança — sem exceder os tetos orçamentários estabelecidos pela União Europeia.
A chefe da comissão sugere que os países europeus elevem seus investimentos em defesa para 1,5% do Produto Interno Bruto. Ela acredita que essa medida poderá abrir um espaço fiscal de até € 650 bilhões em quatro anos.
Comissão Europeia teme embate entre Trump e Zelensky
No domingo 2, Von der Leyen se reuniu com líderes europeus e representantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na ocasião, ela enfatizou que o continente precisa “se rearmar urgentemente”.
Além disso, Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, declarou à imprensa que “vários países” pretendem integrar a “coalização dos dispostos” da Europa para defender a Ucrânia. O premiê britânico alega que os planos de pacificação no Leste Europeu só serão eficazes com o apoio dos Estados Unidos e da Otan.
As articulações ocorrem depois da bronca de Donald Trump em Volodymyr Zelensky, na sexta-feira 28, em Washington D.C., capital dos EUA.
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