O diretor do FBI, Kash Patel, informou neste domingo, 1º, que a agência iniciou uma investigação sobre o ataque ocorrido em Boulder, no Estado do Colorado. O atentado deixou pelo menos oito pessoas feridas.
De acordo com a agência de notícias Reuters, um homem lançou coquetéis molotov contra participantes de uma caminhada em memória dos reféns israelenses que permanecem em Gaza. As autoridades locais confirmaram a prisão do suspeito, Mohamed Soliman. Ele teria gritado “Palestina livre” durante a ação. A polícia classificou o ato como um ataque direcionado.
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu com veemência. Em comunicado, afirmou que o grupo foi atacado “simplesmente por serem judeus”. Ele também declarou confiar que as autoridades norte-americanas punirão o agressor com “todo o rigor da lei”. Netanyahu acrescentou que “ataques antissemitas ao redor do mundo são resultado direto de calúnias sanguinárias contra o Estado judeu e o povo judeu, e isso precisa parar”.
As vítimas do atentado têm entre 52 e 88 anos. De acordo com informações da rede CBS, o sistema de saúde UCHealth transportou dois dos feridos de helicóptero para hospitais especializados, por causa da gravidade das queimaduras.
O diretor do FBI descreveu o episódio como um “ataque terrorista direcionado”
O diretor do FBI descreveu o episódio como um “ataque terrorista direcionado”. Já o procurador-geral do Colorado, Phil Weiser, afirmou que se trata de um provável crime de ódio, considerando o grupo que foi atacado.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Denon, também se pronunciou. Ele declarou que os judeus enfrentam uma “onda de terror antissemita” nos Estados Unidos. Denon cobrou ações enérgicas contra os autores e contra quem promove discursos de ódio. Reforçou ainda o compromisso de Israel em trazer os reféns de volta e em vencer a guerra.
A organização do evento, Run for Their Lives, divulgou uma nota sobre o episódio. O grupo relatou que a caminhada ocorre semanalmente e que nunca havia registrado qualquer incidente violento até então.
O chefe da polícia de Boulder adotou uma postura cautelosa. Durante uma coletiva de imprensa, afirmou que ainda não há elementos suficientes para classificar o caso oficialmente como terrorismo. Segundo ele, seria irresponsável especular neste momento.
O líder da minoria no Senado dos EUA, Chuck Schumer, também se manifestou. O senador democrata, que é judeu, considerou o atentado um ataque antissemita.
“Isso é horrível, e isso não pode continuar”, disse. “Precisamos enfrentar o antissemitista.”
O ataque em Boulder ocorre em meio a um contexto de violência recente contra a comunidade judaica. Há poucas semanas, um homem foi preso nos Estados Unidos acusado de matar dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, D.C. O criminoso abriu fogo contra pessoas que saíam de um evento do Comitê Judaico Americano.
Que outra religião no mundo prega a morte ?