O ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato do Partido Republicano, Donald Trump, relacionou a queda da Bolsa de Valores de Nova York, nesta segunda-feira, 5, com sua adversária democrata Kamala Harris. Em sua rede social, Truth Social, Trump afirmou que os mercados estão rejeitando a candidatura de Harris e chamou a reação de hoje de “o crash de Kamala”.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
“Os mercados nunca aceitarão Harris por ser ‘uma lunática radical de esquerda'”, declarou Trump. “Os eleitores têm uma escolha: a prosperidade de Trump ou o crash de Kamala e a Grande Depressão de 2024, para não mencionar a probabilidade de uma Terceira Guerra Mundial se estas pessoas permanecerem no cargo.”
Na abertura do pregão, Wall Street sofreu um colapso com quedas superiores a mil pontos nos índices Dow Jones e Nasdaq. O Dow Jones registrou uma perda de 1.152 pontos (-2,90%) e o Nasdaq caiu 810 pontos (-4,83%). O S&P 500 também teve uma queda significativa de 195 pontos (-3,66%).
Analistas atribuem a volatilidade ao receio de uma recessão nos Estados Unidos e à possibilidade de que o Federal Reserve possa atrasar a redução das taxas de juros. A situação gerou comparações com as quedas de março de 2020, durante o início da pandemia de covid-19.
Temor de recessão nos EUA afetou o mundo
As bolsas de valores da Ásia e da Europa tiveram seu pior dia em 37 anos, desde a chamada Black Monday de 1987. O principal motivo é o temor de uma recessão nos EUA, que ganhou força depois da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho americano.
Especialistas ouvidos por Oeste destacam que todos esses fatores devem ser somados ao aumento da taxa de juros no Japão. Tudo isso contribuí para a movimentação negativa das bolsas asiáticas.
Leia também: “Tiros na democracia”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 226 da Revista Oeste
“O mercado estava precificando um cenário de ‘céu de brigadeiro’, em que a inflação ficaria sob controle e os juros poderiam começar a cair sem que o país entrasse numa recessão”, explica a gerente de research e conteúdo da Nomad, Paula Zogbi.
“Agora, o temor é que o Fed tenha demorado demais para começar a baixar juros e que esse juros altos tenham, sim, causado início de uma recessão”, acrescenta Paula.
Definição do adversário de Trump
O Partido Democrata concluirá ainda hoje a votação para oficializar Kamala Harris como candidata da chapa às eleições de 5 de novembro. Porém, a democrata já conseguiu o total necessário à indicação. Ela aguarda apenas a oficialização.
Leia mais: “O transtorno mental da imprensa”, artigo de J. R. Guzzo publicada na Edição 226 da Revista Oeste
Harris ou a segunda-feira na Casa Branca, com o presidente Joe Biden e a equipe de Segurança Nacional. Eles monitoraram um possível ataque de Irã a Israel, em resposta aos assassinatos de líderes dos movimentos terroristas Hezbollah e do Hamas.
‘Crashmala’ Harris?