A partir do mês que vem, haverá uma “dança das cadeiras” na alta cúpula da Petrobras para agradar ao PT.
Uma das alterações ocorrerá logo abaixo de Cláudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados — há pouco tempo, o engenheiro químico quase caiu, em virtude de pressão do centrão, e vem se articulando para permanecer na cadeira. O departamento de Schlosser cuida de diversos contratos de serviços com a Transpetro, subsidiária responsável por dutos, navios e contratos milionários, que já foi comandada por Sérgio Machado, alvo da Lava Jato e o autor do grampo da conversa com Romero Jucá (MDB), então ministro do Planejamento do governo Temer.
“Número 2” de Schlosser, Daniel Sales, gerente-executivo do departamento, mudará de posto, por ter entrado em rota de colisão com Danilo Ferreira da Silva, diretor-financeiro da Transpetro, devido a divergências a respeito de prestação de serviços. Oriundo da Federação Única dos Petroleiros, sindicato ligado ao PT, Silva tem se articulado nos bastidores e emparedado Schlosser pela demissão de Sales.
Schlosser conseguiu contornar a situação ao decidir tirar Salles da Logística, em junho, e colocá-lo na gerência-executiva da Diretoria de Comercialização Interna, menos influente em questões internas e mais voltada para o atendimento ao cliente.
Ao mesmo tempo, Schlosser conseguirá acalmar os ânimos de integrantes PT irritados com outro problema: Sandro Barreto, que agora perderá o cargo para Sales, por supostamente impor entraves à estratégia da estatal de vender para clientes finais, como grandes redes de postos de combustíveis. Historicamente, a Petrobras só comercializa diretamente para distribuidoras. Há um ano, porém, começou a vender para grandes redes de postos de gasolina e grandes consumidores finais, a exemplo da rede Graal.
Desde o ree da BR Distribuidora (atual Vibra Energia) à iniciativa privada durante o governo Bolsonaro, processo ao qual a esquerda se opôs, o PT quer reposicionar a Petrobras no mercado de distribuição, o que desagradou Barreto.
“Mataram dois coelhos com uma cajadada só”, disse uma fonte a Oeste. “Removem o Barreto e abrem caminho para concorrer com a Vibra, além de acabarem com a dor de cabeça que o Sales tem dado ao diretor ligado ao sindicato dos petroleiros.”
Para o lugar do Sales, será nomeado Joselito Câmara, atual gerente-geral de Transporte Marítimo. Nos corredores da Petrobras, Câmara é visto como “sem autonomia”. “Vai assumir o posto visando, unicamente, a não exigir muito da Transpetro, comandada pelo PT”, afirmou uma pessoa a par do assunto.
Leia também: “A Petrobras virou woke”, reportagem publicada na Edição 209 da Revista Oeste
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A Petrobras sempre foi vista pelo PT e seus asseclas, como garantia dos seus projetos mais ambiciosos. Qualquer alteração nessa caixa de Pandora visa lucro = desvio de recursos e propinas para assegurar os interesses desse governo que só visa manter-se no poder a qualquer custo. Os escândalos do INSS vão virar troco…