A defesa da dona de casa Adalgiza Maria Dourado, 65, repudiou a prisão domiciliar concedida ao ex-presidente Fernando Collor, nesta quinta-feira, 1°, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Collor vai usar tornozeleira eletrônica.
O advogado Luiz Felipe, que cuida do processo da mulher condenada a 14 anos de prisão, emitiu uma nota obtida em primeira mão por Oeste.
“Não permaneceu sequer uma semana preso, apesar de condenado por desvios de recursos públicos e outros crimes graves”, observou a defesa. “Enquanto isso, Adalgiza, idosa, doente, diagnosticada com depressão severa e pensamentos suicidas, permanece há mais de um ano e quatro meses encarcerada em condições desumanas, sem o a tratamento digno. Durante o feriado da Páscoa, em abril de 2024, sofreu uma queda dentro do presídio da Colmeia (DF) e não recebeu nenhum tipo de atendimento médico.”
Conforme o advogado, a “seletividade e a disparidade no sistema penal brasileiro são escandalosas”.
Defesa pleiteia domiciliar para Adalgiza Maria Dourado

À coluna, o advogado de Adalgiza afirmou que já entrou com quatro pedidos de domiciliar para a idosa.
Até o momento, contudo, Moraes não apreciou as solicitações da defesa.
Dessa forma, o advogado acionou até mesmo a Organização dos Estados Americanos a fim de que a OEA tome providências.
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Esse advogado deveria conversar com seus colegas do grupo “prerrogativas” para resolver a questão. Eles apoiaram e sustentam até hoje o estado de coisas que reina no país, inclusive fazendo parte do governo. Talvez eles conheçam um jeitinho de resolver a questão dessa idosa.