Integrantes do Psol articularam a entrada de um colchão para que o deputado da bancada Glauber Braga (RJ) continue dormindo no plenário 5 da Câmara dos Deputados, em uma manifestação contra o seu processo de cassação.
Por volta das 15h30 desta quinta-feira, 10, a reportagem de Oeste flagrou o momento que o colchão chegou na Casa e foi entregue no plenário – onde Glauber Braga segue desde ontem em protesto com aliados.
A imprensa é impedida de ar o plenário da Casa, só tendo o ao local em momentos permitidos pela assessoria do Psol – mesmo que o espaço seja público.
Conforme nota emitida pela assessoria do parlamentar, ele segue há mais de 30 horas sem comer e sem sair da Câmara. Apesar da greve de fome, o brigão do Psol ingeriu dois copos de isotônico, além de água durante esse período. Na manhã desta quinta-feira, 10, líderes religiosos se reuniram no plenário para uma manifestação.
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A parlamentar Sâmia Bomfim (Psol-SP), que é companheira de Glauber Braga, chegou para integrar o protesto acompanhada do filho do casal.
Nota de Glauber Braga
Em nota, a assessoria do psolista esclareceu que a greve de fome ocorre em “em protesto às articulações promovidas pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira”.
“O parlamentar dormiu no chão do plenário 5, onde foi realizada a reunião do Conselho de Ética”, informou o texto. “Glauber vai permanecer no local nesta quinta-feira (10), onde também irá dormir. O deputado está recebendo acompanhamento médico.”
A assessoria também esclareceu como foi a noite do parlamentar no plenário: “Nesta madrugada, o parlamentar dormiu entre a meia-noite e 4h. Após, respondeu mensagens de apoiadores e conversou com a equipe que o acompanha no plenário. Parlamentares da base de apoio também estão se revezando no local para prestar apoio ao deputado”.
Conselho de Ética aprova cassação
O Conselho de Ética da Câmara decidiu pela cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga em uma sessão marcada por tumultos. O parecer foi apresentado pelo relator, Paulo Magalhães (PSD-BA), na semana ada. O episódio que motivou a ação do Novo contra o psolista ocorreu em 16 de abril de 2024.
Ao todo, foram 13 favoráveis ao relatório de Magalhães, o qual orientou pela cassação do mandato de Glauber Braga. Outros cinco votaram contra. Não houve abstenção.
Apesar da aprovação da cassação no Conselho de Ética, o psolista pode recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O colegiado tem cinco dias para analisar o recurso.
Se o recurso for rejeitado na CCJ, o processo segue para análise no plenário da Casa. Para a aprovação da cassação no plenário da Câmara dos Deputados, é necessário o apoio da maioria absoluta. Ou seja, 257 votos favoráveis.
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Não quer largar o osso de jeito nenhum, a análise é: chutar pessoas na casa da mãe Joana, vulgo câmara pode, usar a tribuna para expressar opinião, não pode. é ível de ser cassado.