Na Edição 271 da Revista Oeste, o articulista Carlo Cauti apresenta um diagnóstico detalhado sobre o cenário fiscal que deverá ser enfrentado pelo próximo presidente da República. Segundo o autor, “em abril de 2025, o governo Lula escancarou aquilo que era evidente para qualquer pessoa capaz de ler e escrever: o Brasil está quebrado”.
O texto descreve como as decisões do atual governo estreitam drasticamente a margem de manobra do Estado brasileiro. O ponto central está no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado pelo Executivo ao Congresso, que prevê que as despesas obrigatórias representarão 95,4% do orçamento já em 2027. “Sem recursos para alocar não haverá governo”, resume Cauti.
Mesmo diante dessa realidade, o governo tem ampliado compromissos permanentes. O artigo menciona o Projeto de Lei 1.466/2025, que reajusta salários do funcionalismo e cria novas carreiras, com impacto de R$ 73 bilhões.
“Menos de um mês depois de apresentar a ‘LDO do Apocalipse’, o governo adiciona novas despesas obrigatórias”, observa o autor. A crítica recai sobre a priorização de medidas com apelo popular, descritas como “uma verdadeira bomba fiscal geradora de benefícios políticos no ano eleitoral”.
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Além do aumento de salários, a política de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a gratuidade da energia elétrica para inscritos no Cadastro Único, e a promessa de ampliação do Bolsa Família ilustram esse pacote.
“Cada real de aumento do salário mínimo custa R$ 350 milhões aos cofres públicos”, calcula Cauti, que mostra que mais da metade das despesas obrigatórias está indexada ao valor do salário mínimo. O artigo também explora o que chama de “sanha arrecadatória” do governo, com criação de novos impostos e sucessivos recordes de arrecadação.
Apesar disso, os gastos sistematicamente superam as receitas. “Em todos os anos o governo Lula gastou pontualmente mais do que arrecadou”, afirma o autor. A consequência é o crescimento da dívida pública, que ou de 71,7% para 76,1% do PIB entre 2022 e 2024, com projeção de alcançar 80% em 2025.

A deterioração fiscal já provoca efeitos práticos. Universidades federais enfrentam dificuldades para pagar contas básicas, como energia elétrica, e o artigo relembra episódios anteriores, como a suspensão da emissão de aportes em 2017, para sugerir que o país pode reviver um colapso istrativo.
Cauti conclui com um alerta: “Além da impossibilidade desse governo de realizar qualquer reforma fiscal, há o risco de a avalanche populista alcançar o resultado esperado: a reeleição de Lula em 2026”. Para o autor, caberá ao próximo presidente conduzir uma reforma fiscal inevitável, diante da perda de controle sobre as contas públicas.
A íntegra do artigo “A herança maldita de Lula” está disponível a todos os mais de 100 mil s da Revista Oeste.
Revista Oeste muito além da economia
A Edição 271 da Revista Oeste vai além do texto de Carlo Cauti. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Cristyan Costa, J.R. Guzzo, Augusto Nunes, Alexandre Garcia, Adalberto Piotto, Silvio Navarro, Deborah Sena, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel, Letícia Alves, Artur Piva, Flávio Gordon, Fraser Myers (da Spiked) e Daniela Giorno.
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Herança fiscal é um eufemismo …. oque vem é o Kaos com K mesmo !
Este governo está detonando um artefato nuclear no Brasil e, o pior, como sabemos, é que o efeito da “radiação” ainda perdura no tempo fazendo diversas vítimas. Fico imaginando como estaríamos com mais quatro anos de Paulo Guedes a frente da economia… que saudade!
👏👏