Durante a caminhada pela anistia em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro proferiu um discurso contra o projeto paralelo sobre o mesmo tema que circula nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.
“Anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro”, disse Bolsonaro. “Ninguém tem de se meter em nada. Tem de cumprir a vontade do Parlamento, que representa a vontade do povo brasileiro.”
O ex-presidente também lamentou a situação política do país. “O que estamos vivendo no momento é muito triste e doloroso”, afirmou. “Mas não vamos perder a esperança. Todos somos responsáveis pelo futuro do nosso país.”

O evento teve concentração na Torre de TV e seguiu até a Esplanada dos Ministérios. Segundo o organizador, pastor Silas Malafaia, a mobilização reuniu 10 mil pessoas. Um esquema de segurança reforçado tomou conta do percurso. Tumultos e ocorrências criminais não foram registrados.
O discurso de Michelle Bolsonaro
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou a sentença dada pelo Supremo à enfermeira Débora Rodrigues dos Santos. Débora escreveu, usando um batom, a frase “perdeu, mané” na Estátua da Justiça. Como resultado, pode cumprir 14 anos de prisão.
Michelle comparou o caso ao da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo, condenada por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Adriana teve a pena reduzida por ser mãe. “Por que a balança só pesa para um lado?”, perguntou Michelle.
Parlamentares de oposição compareceram ao ato. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, direcionou sua fala ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Paute a anistia”, disse, em entrevista exclusiva. “Esse povo todo aí atrás está te pedindo. Paute a anistia humanitária já.”