Os Correios iniciaram uma nova tentativa de equilibrar suas contas. A empresa pretende economizar R$ 1 bilhão por ano com o Plano de Desligamento Voluntário (PDV), que prevê a saída de 3,7 mil empregados até o fim de julho.
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A medida integra um pacote de ações acordado com a equipe econômica para conter o rombo nas finanças da estatal. Com os cortes já estimados, a companhia calcula uma economia de R$ 780 milhões anuais a partir do segundo semestre.
Os efeitos nas despesas, no entanto, devem aparecer seis meses depois dos desligamentos. Nesse período, a empresa ainda paga incentivos financeiros aos funcionários que aderem ao programa.
Segundo a direção dos Correios, grande parte dos empregados aptos ao PDV reúne condições de aposentadoria e recebe salários acima da média da empresa. Reduzir esse grupo, avaliam os gestores, ajudaria a aliviar a folha e reorganizar a estrutura interna.
Correios cortam gastos e negociam crédito com banco do Brics
A contenção de despesas com pessoal se soma a outras medidas. A estatal suspendeu concessões de férias e ou a incentivar a redução voluntária de jornadas de trabalho. O objetivo é economizar R$ 1,5 bilhão até o fim do ano.
O primeiro trimestre de 2025 registrou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão — o pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 2017. Em 2024, a estatal fechou o ano com um rombo ainda maior: R$ 2,6 bilhões.
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Na tentativa de reforçar o caixa, os Correios tentam viabilizar um empréstimo de R$ 3,8 bilhões com o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o chamado banco do Brics.
Uma comitiva do NDB, presidido por Dilma Rousseff, voltou a Brasília na semana ada para discutir os detalhes do financiamento, voltado à modernização da infraestrutura energética da estatal.
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