O ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol criticou, nesta terça-feira, 3, os processos disciplinares que tramitam no Conselho Nacional de Justiça contra o juiz Marcelo Bretas.
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Isso ocorre depois de o conselheiro José Rotondano afirmar que votará pela aplicação da aposentadoria compulsória ao magistrado. Bretas conduzia os processos da Lava Jato no Rio de Janeiro.
As denúncias contra Marcelo Bretas
O juiz é acusado de parcialidade, conluio com advogados, investigadores e réus na Lava Jato. Além disso, foi denunciado por direcionar acordos de delação premiada e interferência em atividades políticas.
As suspeitas vieram à tona em 2021 e resultaram no afastamento do juiz. Em razão disso, foram abertos três processos istrativos disciplinares para apurar o caso.
Deltan citou outros integrantes da Lava Jato que foram penalizados. É o caso de Eduardo El Hage, que foi punido com demissão, convertida em suspensão. “Todos com carreira impecável, sem nenhuma falta ou punição na história”, escreveu. “A verdadeira razão disso tudo: colocarem corruptos poderosos na cadeia.”
Deltan Dallagnol defende os juízes da Lava Jato
A crítica de Deltan está baseada no fato de os procuradores e juízes da Lava Jato serem punidos, enquanto políticos e empresários condenados pela mesma operação estão soltos.
Um desses casos ocorreu em fevereiro deste ano. Naquele mês, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, anulou todos os atos da Lava Jato contra o ex-ministro Antonio Palocci. A decisão seguiu outras anulações da operação, como as referentes ao empresário Marcelo Odebrecht.

Outro denunciado que teve a condenação anulada pelo ministro foi o empresário Raul Schmidt Júnior. Ele foi acusado de operar propinas para servidores de alto escalão da Petrobras.
O problema da lava jato foi que ela mexeu com gente muito poderosa. Essa gente vive de espoliar o Brasil e quer continuar……