O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou as redes sociais para comemorar a possibilidade de que os Estados Unidos apliquem sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação foi mencionada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, realizada nesta quarta-feira, 21.
“Rubio diz que está atualmente analisando sanções contra Moraes com base na Lei Global Magnitsky (violações de direitos humanos)”, escreveu Bolsonaro, em publicação feita no X. A lei é um instrumento legal dos EUA que permite sanções contra estrangeiros acusados de envolvimento em violações graves de direitos humanos.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Na mesma mensagem, o deputado elogiou o congressista republicano Cory Mills, responsável por questionar Rubio sobre o caso. “Mills é um homem de palavra”, elogiou. “Ele fez a pergunta depois de se encontrar, na semana ada, com os deputados Eduardo Bolsonaro e Filipe Barros.”
Segundo Eduardo, Mills teria reafirmado, durante o encontro, seu “compromisso de continuar lutando contra o autoritarismo e a censura”. Ao final da postagem, Eduardo agradeceu diretamente ao parlamentar norte-americano: “Obrigado, deputado. Venceremos!”
Durante a audiência, ao ser indagado por Mills sobre a possibilidade de sanções contra Alexandre de Moraes, Rubio respondeu de forma afirmativa: “Isso está sob análise neste momento, e é uma grande, grande possibilidade de que aconteça.”
Leia mais:
Eduardo Bolsonaro diz que só volta ao Brasil se os EUA impem sanção a Moraes
Em entrevista ao Metrópoles nesta sexta-feira, 16, Eduardo afirmou que só retorna ao Brasil quando Moraes sofrer sanções do governo dos EUA e revelou que se mantém no país com recursos próprios, além da a ajuda do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que rea parte das doações feitas por apoiadores.
Recentemente, Eduardo disse temer pela apreensão do seu aporte e por uma eventual prisão. Ele ainda afirmou que a Justiça do Brasil comete diversos excessos contra aliados de seu pai e viola direitos humanos nas condenações do 8 de janeiro.
Eduardo confirmou que pretende permanecer nos EUA, mesmo que seja necessário prorrogar sua licença da Câmara dos Deputados. O documento de afastamento apresentado pelo parlamentar tem validade de 120 dias e deve expirar em julho.
🇺🇸Sec. @marcorubio says he is currently analyzing sanctions against Moraes under the Global Magnitsky act (human rights violations).
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) May 21, 2025
Rep. @CoryMillsFL is a man of word. He did the question after meet, last week, with 🇧🇷Rep. Eduardo Bolsonaro and 🇧🇷Rep. @filipebarrost, chairman… pic.twitter.com/icTJrdL1tU
Congressistas norte-americanos têm discutido a imposição de sanções contra Moraes. Há atualmente três medidas contra o magistrado em discussão no Congresso dos EUA: uma delas, chamada “No Censors on ours Shores Act” — ou “Sem Censores nas Nossas Fronteiras” — veta sua entrada em território norte-americano.
A outra medida contra Moraes já está em andamento: no começo do mês, o norte-americano David Gamble, responsável pela área de sanções internacionais do governo de Donald Trump, veio ao Brasil e se reuniu, com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e também com o ex-presidente Bolsonaro.
A terceira frente de medidas oficial contra Moraes parte do deputado Rich McCormick, do Partido Republicano, que pediu ao governo Trump para banir o visto do ministro do STF e lhe impor sanções financeiras. O pedido também se fundamenta na Lei Magnitsky.
Leia também: “Togas fora da lei”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 245 da Revista Oeste