As campanhas para as eleições de 2022 devem ser as mais caras da história brasileira. Embora não haja recursos de empresas privadas alimentando a máquina de propaganda dos candidatos, os gastos deste ano caminham a os largos para ultraar as cifras registradas em 2014. Na ocasião, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) disputaram a Presidência da República.
Os políticos vão ter aproximadamente R$ 6 bilhões em recursos públicos para gastar nas campanhas, somando os fundos eleitoral e partidário. A verba foi distribuída aos candidatos de acordo com os critérios estabelecidos pelos dirigentes dos partidos. Esse valor, previsto no Orçamento da União, é financiado pelos impostos federais e pelas multas pagas à Justiça Eleitoral.
Há ainda as doações de pessoas físicas, que devem atingir um valor recorde até o fim deste ano. Desde o início da campanha, em 16 de agosto, quase R$ 160 milhões foram doados pelos brasileiros. Os empresários Salim Mattar (R$ 2,9 milhões), Heitor Vanderlei Linden (R$ 2,6 milhões) e Rubens Ometto Silveira Mello (R$ 2,1 milhões) lideram a lista de contribuições.
Os candidatos também podem receber recursos de financiamentos coletivos, como as “vaquinhas”.
Se o financiamento continuar nesse ritmo, o custo das eleições de 2022 poderá ultraar os R$ 8 bilhões movimentados em 2014 — a mais cara da história brasileira, considerando o valor da época corrigido pela inflação.
Naquele ano, as campanhas ainda eram irrigadas por construtoras investigadas pela Operação Lava Jato. Hoje, não há mais essa possibilidade. Outra diferença é que, em 2014, os candidatos tinham 90 dias para pedir voto. Neste ano, todavia, a campanha oficial se encerrará em 45 dias. Na teoria, os políticos teriam menos tempo para gastar o dinheiro dos pagadores de impostos. Na prática, a parcimônia não saiu do papel.
O que encarece a campanha são essas judicializacoes que a oposição ao governo Bolsonaro faz! São bilhões gastos com advogados em processos inócuos! Deveriam pagar com o próprio salário!