Relatórios do Coaf mostram que Eric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) André Fidelis teria movimentado R$ 10,4 milhões em operações financeiras irregulares entre 2023 e 2024.
O volume atípico coincide com o período investigado de descontos indevidos em benefícios de aposentados, conforme apurou a Polícia Federal (PF) no inquérito sobre desvios bilionários no INSS. A informação foi obtida pelo portal Metrópoles.
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O ex-diretor André Fidelis, demitido em julho do ano ado depois de denúncias, teria facilitado a de 14 Acordos de Cooperação Técnica entre 2023 e março de 2024, permitindo descontos em folha de pagamento de aposentados.
O esquema envolvia entidades suspeitas de atuação irregular com o INSS e foi alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Relação do advogado com o INSS
De acordo com a Polícia Federal, os relatórios financeiros apresentam operações com sinais de lavagem de dinheiro ou outros ilícitos. O escritório de advocacia de Eric Fidelis, especializado em Direito Previdenciário, teve relações com entidades associativas e atuou em processos contra o INSS. Ele também foi alvo de busca e apreensão em 23 de abril.
Durante o período investigado, o advogado declarou renda de R$ 13,3 mil, mas realizou transações milionárias. Segundo a PF, ele recebeu R$ 5,1 milhões de intermediários ligados a entidades, entre eles o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Desse total, R$ 3,7 milhões aram pelo escritório de advocacia.
Outro ree considerado suspeito partiu do escritório de Cecília Rodrigues Mota, advogada e servidora federal aposentada, que transferiu mais de R$ 520 mil ao escritório de Eric entre novembro de 2023 e abril de 2024. Cecília, que já presidiu entidades associativas, movimentou cerca de R$ 14 milhões, de acordo com a investigação.
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A Polícia Federal afirma que “a trilha financeira” de Eric Fidelis indica fluxo irregular de recursos. Investigadores observaram uma transferência de retorno de R$ 1,6 milhão ao escritório entre fevereiro de 2023 e março de 2024, o que, segundo o órgão, “sugere um possível ciclo de lavagem de dinheiro”.
“Esse comportamento, somado às ligações com associações de aposentados envolvidas em fraudes e com movimentações suspeitas de grandes quantias, reforça as suspeitas de irregularidades financeiras e desvios de dinheiro”, afirmou a Polícia Federal.
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