O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 26, para rebater declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a responsabilidade do Congresso no cenário fiscal do país.
Em entrevista concedida ao jornal O Globo, Haddad afirmou que o Brasil vive “um quase parlamentarismo” e acrescentou que “quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso”. A fala se referia à dificuldade do Executivo em aprovar medidas de ajuste nas contas públicas e contenção de gastos.
Sem mencionar diretamente o nome de Haddad, o deputado publicou: “o Estado não gera riqueza – consome — e quem paga essa conta é a sociedade”. Motta também destacou que “a Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos”.
A crítica mais direta ao governo federal surgiu na segunda metade da publicação, quando o parlamentar afirmou que quem gasta mais do que arrecada “não é vítima, é autor”. Em tom de advertência, prosseguiu: “O Executivo não pode gastar sem freio e depois ar o volante para o Congresso segurar”.
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As declarações de Motta ocorrem em meio à repercussão do recuo do governo em relação ao aumento de alíquotas do IOF para investimentos no exterior, depois de reação negativa do mercado financeiro.
Em entrevista publicada neste domingo, 25, Haddad reconheceu que houve ruído de comunicação, mas defendeu a legitimidade das decisões da equipe econômica. “Foi debatido na mesa do presidente, que convoca os ministros que considera pertinentes para o caso”, explicou.
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Ao comentar o aumento de impostos, o ministro também argumentou que parte das dificuldades orçamentárias decorre de decisões tomadas durante a gestão de Jair Bolsonaro. “Vários gastos do governo anterior estão sendo pagos por este”, justificou.
Motta, no entanto, rejeita a responsabilização do Congresso e adota discurso de austeridade fiscal. “O Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício”, escreveu. O parlamentar ainda afirmou que a Câmara seguirá seu trabalho “em harmonia e em defesa dos interesses do país”.
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Surpreso, desconfiado, mas gostei. Agora ė aguardar para ver se não é jogo de cena.
Não sei a reação a tomar, se aplaudo ou fico apreensivo. De uma coisa estou mais certo; Hugo Motta é muito fraco para o cargo que ocupa.
Este Hugo “Marmota” já perdeu a credibilidade há muito tempo.