Duas semanas antes do anúncio da deputada Carla Zambelli (PL-SP) sobre sua saída do país, seu marido, o coronel Aginaldo Oliveira, pediu licença da Secretaria de Segurança Pública de Caucaia (CE). O afastamento foi solicitado em 21 de maio “por motivo de doença em pessoa da família”. A assessoria de Zambelli confirmou que ele a acompanha na viagem.
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Em um primeiro momento, a licença seria de nove dias. Segundo nova portaria, o secretário prorrogou o afastamento por mais 30 dias para “acompanhar um familiar em tratamento de saúde”. O retorno está previsto para 1º de julho. Durante a ausência de Oliveira, o secretário-adjunto, Marcos Sena, ocupa o cargo interinamente.
Zambelli diz estar em tratamento
Zambelli comunicou que viajou aos Estados Unidos para tratar de uma síndrome rara. Ela também pediu licença da Câmara dos Deputados em maio. Nesta terça-feira, 3, declarou que não retornará ao Brasil e que pretende seguir para a Itália.
A deputada deixou o país antes da conclusão do julgamento dos recursos contra sua condenação. O Supremo Tribunal Federal (STF) sentenciou Zambelli a dez anos de prisão. Diante do anúncio da viagem internacional, o ministro do STF Alexandre de Moraes decretou prisão preventiva da parlamentar, argumentando que ela fugiu do país.
“Depois da sua condenação, com a fuga do distrito da culpa, a ré declarou que pretende insistir nas condutas criminosas, para tentar descredibilizar as instituições brasileiras e atacar o próprio Estado Democrático de Direito, o que justifica, plenamente, a decretação de sua prisão preventiva”, afirmou Moraes.
O ministro também mandou bloquear os aportes de Zambelli, inclusive o documento diplomático, e incluir o nome dela na lista de difusão vermelha da Interpol.
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Segundo a Procuradoria-Geral da República, Zambelli e o hacker Walter Delgatti inseriram documentos falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça. Um deles era um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes.
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