O escândalo do Mensalão completa 20 anos nesta semana. O caso abalou a elite política da época e mudou o destino de várias figuras públicas.
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Entre elas, o então chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), perdeu espaço e influência. Já Valdemar Costa Neto (PL) continuou em evidência, mesmo depois da condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012. No auge das denúncias, manifestantes ocuparam as ruas de Brasília em protesto.
Veja onde estão hoje alguns dos principais envolvidos no Mensalão:
Delúbio Soares
Expulso do PT no auge da crise, o ex-tesoureiro foi reintegrado ao partido. Cumpriu pena determinada pelo STF e recebeu indulto em 2016. Também foi condenado na Lava Jato, mas teve a sentença anulada em 2023. Hoje, continua frequentando eventos do PT e planeja disputar uma vaga na Câmara em 2026.
Duda Mendonça
Depois de itir o recebimento de valores no exterior, o marqueteiro foi absolvido das acusações no Mensalão. Voltou à política em 2014 com a campanha de Paulo Skaf, mas não emplacou novos projetos de destaque. Em 2018, firmou acordo de delação. Faleceu em 2021, aos 77 anos.
João Paulo Cunha
O ex-presidente da Câmara foi condenado em 2012 e preso em 2014. Deixou a prisão em 2016. Hoje, atua como advogado em Brasília e São Paulo e permanece filiado ao PT.
Joaquim Barbosa
Relator do Mensalão, Barbosa ganhou notoriedade pelo rigor de seus votos. Aposentou-se em 2014. Embora tenha cogitado disputar a Presidência em 2018, desistiu. Declarou voto no PT em 2018 e 2022.
José Dirceu
Cassado em 2005, foi preso no Mensalão e, depois, na Lava Jato. Com sentenças anuladas em 2024, articula uma possível candidatura para deputado federal.
José Genoino
Renunciou à presidência do PT em 2005. Foi eleito deputado, mas não conseguiu se reeleger em 2010. Condenado em 2012, deixou a prisão em 2014. Em 2020, o TRF-1 extinguiu uma ação remanescente do caso.
Lula
O presidente sempre negou envolvimento. Reelegeu-se em 2006. Mais tarde, tornou-se alvo da Lava Jato e chegou a ser preso por 580 dias. Com as condenações anuladas em 2021, voltou ao Palácio do Planalto em 2022 e já anunciou que buscará a reeleição.
Marcos Valério
Apontado como operador financeiro do esquema, foi preso em 2013. ou ao regime semiaberto em 2019. Em 2012, acusou Lula, sem provas conclusivas.
Roberto Jefferson
Cassado em 2005, cumpriu pena de sete anos. Retomou influência política e aproximou-se de Bolsonaro em 2018. Em 2022, foi preso por críticas ao STF e agressão a policiais. Neste ano, recebeu prisão domiciliar.
Valdemar Costa Neto
Renunciou em 2005, mas voltou ao Congresso em 2006 e 2010. Condenado em 2012, recebeu indulto em 2016. Desde então, consolidou sua liderança no PL. Aliou-se a Bolsonaro e, em 2024, foi preso durante investigação sobre suposta tentativa de golpe, mas solto dois dias depois. Ainda não foi denunciado.
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