O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o Ministério da Justiça formalize o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) junto ao governo da Itália.
No documento enviado ao ministro Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira, 11, Moraes diz que Zambelli deve retornar ao país para cumprir a pena de dez anos de prisão imposta pelo STF por suposta participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça.
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O STF também condenou a parlamentar ao pagamento de uma multa no valor de R$ 2 milhões.
“A Sra. CARLA ZAMBELLI SALGADO DE OLIVEIRA, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”, diz um trecho do documento.
Deputada deixou o país para denunciar abusos do Judiciário
Zambelli revelou que está fora do Brasil e licenciada do mandato no dia 3 de junho. Ela
disse que saiu do país para denunciar abusos do Judiciário e fazer apelos por “liberdade”. Na ocasião, Zambelli disse que não se considera uma fugitiva.
No mesmo dia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a inclusão do nome da deputada na lista vermelha da Interpol e pediu a prisão preventiva da parlamentar.
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Moraes atendeu ao pedido da PGR e determinou a prisão preventiva de Zambelli. O ministro também mandou bloquear os bens da parlamentar e incluir o seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.
Embaixador itiu dificuldades para prender Zambelli na Itália
Na terça-feira 10, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, reconheceu que a polícia italiana pode enfrentar dificuldades para prender Zambelli.
Inicialmente, a parlamentar viajou para os Estados Unidos e, em seguida, para a Itália, onde tem dupla cidadania.
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