Ministro da Cidadania afirmou que pelo menos 76 mil presidiários tentaram fraudar o benefício e pediu a volta da obrigatoriedade da regularização do F

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse nesta quinta-feira que cerca de 76 mil presos tentaram fraudar o auxílio emergencial de R$ 600 dado pelo governo a trabalhadores informais durante a crise do coronavírus. Os dados dessas pessoas foram cruzados com os da Receita Federal e, por configurarem fraude, elas não conseguiram ter o ao dinheiro.
Dos mais de 690 mil presidiários do País, 577 mil têm F irregular, cancelado ou suspenso. Partiram daí as tentativas de enganar o sistema e receber o benefício.
“O auxílio não é para bandido nem para presidiário”, incomodou-se Lorenzoni. “Os R$ 600 são para pessoas de bem, trabalhadores, vulneráveis, que precisam ser protegidas”. O ministro usou o fato para defender a regularização do F pela Receita Federal como forma de impedir que casos como esse aconteçam. Na quarta-feira, o ministro Ilan Presser, do TRF-1, suspendeu a exigência imposta pelo governo federal, a pedido do governo do Pará, que alegou que ser obrigado a ter o documento em ordem era excesso de burocracia.
Lorenzoni pediu à Advocacia-Geral da União que entre com recurso para reverter a decisão.
O recurso emergencial ou “coronavoucher”, como ficou popularmente conhecido, deve ser pago durante três meses e tem o valor de R$ 600 para trabalhadores informais e R$ 1200 para mães responsáveis pelo sustento da família. A ideia é amenizar o efeito da crise da covid-19 sobre essas pessoas. O impacto da ação será de R$ 98 bilhões aos cofres públicos, mas já tramita no Congresso novo projeto para que ela seja estendida a outras categorias de trabalhadores que perderam renda durante a pandemia.
Em tudo tem fraude ou tentativa. Impressionante.