O relator do processo disciplinar envolvendo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), deputado Cezinha Madureira (PSD-SP), votou nesta quarta-feira, 3, pelo arquivamento da ação. Um pedido de vista acabou adiando a análise do tema pelo colegiado. Ainda não há data definida para a retomada da votação sobre o caso.
O processo foi apresentado ao Conselho de Ética da Câmara pelo Psol, que acusa Barros de ter quebrado o decoro parlamentar. A legenda esquerdista defende a perda do mandato do deputado.
A representação contra Barros tem como base uma declaração do deputado Luis Miranda (DEM-DF) durante depoimento à I da Covid no Senado, em 25 de junho. Segundo o parlamentar, o líder do governo estaria envolvido em supostas irregularidades nas negociações em torno da aquisição da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. O imunizante não foi comprado pelo governo.
Desde que foi citado por Miranda, Barros tem negado qualquer irregularidade. Ele também prestou depoimento à I e afirmou que não manteve relações com representantes da empresa que intermediou as negociações sobre a Covaxin. O relator da I, Renan Calheiros (MDB-AL), incluiu o líder do governo entre os alvos dos pedidos de indiciamento.
Segundo o relator do processo no Conselho de Ética, não há “indícios suficientes para a continuidade do procedimento disciplinar”. “No que diz respeito à existência de indícios suficientes, o e probatório que acompanha a representação não constitui e indiciário suficiente a permitir o prosseguimento do feito”, afirmou Cezinha.
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