Em reportagem publicada na Edição 270 da Revista Oeste, Adalberto Piotto comenta os possíveis cenários futuros para o Brasil. O país tem seguido, apesar dos esforços contrários de Brasília, mas um rompimento em breve será necessário — e não é com a Constituição.
Enquanto os três Poderes da República transformam o Brasil em um curral para interesses pessoais, o restante do país busca fazer o melhor que pode agora, proteger-se o máximo possível, e esperar mudança para melhor em 2026, diz Piotto. O autor destaca o papel dos juízes das altas Corte de Brasília na situação disfuncional que a nação experimenta hoje.
Leia um trecho da reportagem sobre a urgência de reação popular no Brasil
“Para que a vida brasileira tenha um mínimo de chance de voltar à normalidade constitucional, alguém terá de ceder. E não será a Constituição. Ela é soberana e está acima de todos. Por mais que se a critique, é o único alicerce legítimo que temos e onde construímos o Brasil desde a redemocratização nos anos 1980. Em termos objetivos, dado o desmantelo que nos empurraram em nome da falácia da “defesa da democracia”, é a Constituição ou o STF, a Constituição ou a dupla Alcolumbre-Motta, a Constituição ou o Lula, a Constituição ou a Janja, a Constituição ou os “Prerrô” por aí. É simples assim. Alguém terá de ceder. E não será a Constituição, porque a Constituição somos nós. A minha insistência em recorrer ao texto constitucional não carrega nenhuma pretensão erudita ou de discurso meramente técnico-jurídico. Jamais! Recorro à Constituição porque ela é a solução pronta para tudo o que hoje afronta a vida nacional. E a melhor definição de um país e um povo que deram certo é que eles tenham dentro de si a solução para seus problemas, porque coisas a corrigir sempre haverá, aqui ou em qualquer lugar. O Brasil e os brasileiros têm. Basta olhar ao redor do planeta.
Veja que o constituinte lá atrás não tergiversou em garantir como cláusulas pétreas as liberdades, a cidadania e o regime democrático, justamente para que nunca tirassem de nós o direito e o dever da crítica aos poderosos. Não tem como aceitar que alguém se ache no direito de pedir a Xi Jinping censura ao TikTok ou permitir que o casal presidencial e seus supremos façam isso por aqui, com ou sem ajuda chinesa, como pediram Lula e Janja. No mais, a Constituição é reformável justamente para permitir a modernização das leis. Mas liberdade e democracia já são a evolução de uma sociedade em si, antídotos contra retrocessos.”

A reportagem “Alguém terá de ceder. Só não será a Constituição” está disponível a todos os mais de 100 mil s da Revista Oeste.
Gostou? Dê uma olhada no conteúdo abaixo.
Revista Oeste
A Edição 270 da Revista Oeste vai além do texto de Adalberto Piotto. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de J. R. Guzzo, Silvio Navarro, Cristyan Costa, Guilherme Fiuza, Ana Paula Henkel, Rodrigo Constantino, Alexandre Garcia, Roberto Motta, Ubiratan Jorge Iorio, Carlo Cauti, Rachel Diaz, Uiliam Grizafis, Miriam Sanger, Joanna Williams (da Spiked) e Daniela Giorno.
Startup de jornalismo on-line, a Revista Oeste está no ar desde março de 2020. Sem aceitar anúncios de órgãos públicos, o projeto é financiado diretamente por seus s. Para fazer parte da comunidade que apoia a publicação digital que defende a liberdade e o liberalismo econômico, basta clicar aqui, escolher o plano e seguir os os indicados.
Entre ou assine para enviar um comentário. Ou cadastre-se gratuitamente
Você precisa de uma válida para enviar um comentário, faça um upgrade aqui.