Os golpes on-line continuam a todo vapor no Brasil e miram, entre outros alvos, as pessoas inadimplentes. Com mais de 70 milhões de vítimas, conforme o Serasa, os criminosos aproveitam para explorar o desespero dos brasileiros que desejam limpar o nome para voltar a ter crédito. Assim, os golpistas oferecem falsas promessas de quitação de dívidas, descontos exagerados e até fazem ameaças para pressionar pagamentos urgentes.
Os golpes on-line ocorrem por diversos canais, como telefone, e-mail, WhatsApp e até correspondências físicas. Assim, os métodos usados podem variar, mas sempre seguem o mesmo objetivo: enganar e tirar dinheiro de quem já enfrenta dificuldades.
Os tipos de golpes on-line mais comuns
A atividade de enganar pessoas por meio remoto requer habilidade. Assim, entre os golpes on-line mais comuns estão:
- Promessas de limpar o nome mediante pagamento de valores simbólicos;
- Envio de boletos falsos com valores atrativos, mas com códigos de barras adulterados;
- Pedidos de depósitos antecipados, com a falsa promessa de liberação de crédito;
- Falsos leilões on-line, com bens oferecidos a preços muito abaixo do mercado;
- Mensagens no WhatsApp, com grandes descontos, que direcionam para sites fraudulentos; e
- Ligações e e-mails com tom ameaçador, nos quais os criminosos se am por escritórios de cobrança e pressionam o pagamento, sob risco de supostas ações judiciais.
A melhor forma de proteção
O cidadão comum deverá desenvolver uma cultura de proteção contra os golpes on-line — o que não é fácil, porque o volume de mensagens e de ofertas é muito grande. De um modo geral, as pessoas precisam desenvolver a desconfiança e o processo de conferência quando receber mensagens estranhas. Assim, as pessoas devem desconfiar de propostas excessivamente vantajosas, ofertas tentadoras e principalmente links estranhos, enviados por mensagens de remetentes desconhecidos. Além disso, é preciso confirmar qualquer tipo de oferta diretamente nos canais oficiais das empresas envolvidas.
Empresas contra os golpes on-line: proteção a pela tecnologia
Diante desse cenário, soluções inovadoras e empresas especializadas em dados têm desempenhado um papel cada vez mais importante na prevenção a esse tipo de crime. Assim, vale ressaltar duas frentes, a saber:
- Inteligência artificial: máquinas e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigem inteligência humana, como raciocínio, aprendizado, tomada de decisões e compreensão da linguagem; e
- Big data estruturado: grandes volumes de dados complexos e diversificados que são difíceis de gerenciar e analisar, usando tecnologias tradicionais.
Com essa proteção, surgem os sistemas de segurança de dados antifraude capazes de realizar conferências automáticas, validação de informações e cruzamento de dados em tempo real. Então, esses recursos am a ser especialmente valiosos no ambiente B2B, onde decisões precisam ser tomadas com agilidade e segurança. Assim, com essas ferramentas, é possível identificar fraudes, inconsistências, comportamentos suspeitos e evitar que transações fraudulentas sejam concluídas.
Portanto, o cenário de golpes on-line ou a ser desafiador para pessoas e empresas, de um modo geral, e as pessoas inadimplentes aram a ser alvo frequente. Os brasileiros precisam desconfiar de propostas excessivamente vantajosas e de links estranhos, além de conferir o conteúdo das ofertas em canais oficiais das empresas envolvidas.
Já as empresas precisam desenvolver a cultura da proteção de dados, que a pelo uso da inteligência artificial (IA) e do big data. O objetivo é proteger os dados dos cidadãos, um ativo muito importante em qualquer país. Afinal, em um cenário de incertezas financeiras, a informação, a atenção e o uso de tecnologia são os melhores aliados para evitar golpes e preservar a integridade financeira.
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*CEO da PH3A, referência no mercado de tecnologia da informação. Matemático, cientista da computação e autoridade em DBM e CRM, Paulo criou sua primeira empresa em 1995, a Informarketing. Seus algoritmos (matchcode, modelos de crédito e fraude) foram valiosos para as operações de grandes empresas e responsáveis pela prospecção de cartões de crédito dos principais bancos no Brasil.
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