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Livraria Leitura | Foto: Divulgação
Edição 173

Uma chance para a Cultura e a estreia do Bard

A Leitura quer reviver a livraria icônica de São Paulo e o Google lança rival do ChatGPT

Bruno Meyer
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A Livraria Leitura, maior rede de livrarias do Brasil, se prepara para lançar uma proposta ousada: assumir uma parte da icônica Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. “Quando acontecer de ela sair, a Leitura deve dar uma proposta em uma parte da loja, cerca da metade”, revela Marcus Teles, dono da Leitura. Para Teles, o setor editorial não a mais um espaço de 4 mil metros quadrados cujo livro é o produto principal. Mas aguenta parte do que a Cultura ocupava. “Não sabemos se o dono do imóvel vai aceitar a possibilidade de dividir a loja, acerto de valores e desenhos das unidades a serem divididas.” As negociações devem iniciar imediatamente depois do fechamento definitivo da Cultura.

Livraria Cultura
Livraria Cultura da Avenida Paulista: a Leitura pode comprar metade da loja | Foto: Divulgação/Livraria Cultura
Fim decretado

A Livraria Cultura da Avenida Paulista, uma das mais tradicionais de São Paulo, virou uma novela melancólica: dias atrás, suas portas reabriram pela segunda vez no ano, depois de funcionários pedirem a retirada de clientes por causa da confirmação do decreto de falência pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A falência de uma rede de livrarias que já foi a segunda maior do país foi selada em fevereiro. Quem acompanha o caso crava que o abre e fecha vai durar pouco. O abre de agora não traz nada de novo nas prateleiras. Pelo contrário: as principais editoras cessaram o envio de exemplares desde antes da pandemia, por falta de pagamento das vendas. Agora, piorou: ninguém envia algo novo para uma rede com o fim já decretado pela Justiça. 

Marcus Teles: o dono da Leitura quer uma megalivraria em São Paulo | Foto: Divulgação
Leitura pode assumir a Cultura

A Leitura bateu a marca de cem unidades no país, no mês ado, em um shopping do grupo Iguatemi, em Sorocaba, no interior de São Paulo. São lojas, em geral, distantes das megastores lançadas por Saraiva e Cultura, até então duas das maiores redes de livrarias do país, que se viram enroladas com o valor de aluguéis caríssimos e o crescimento do comércio eletrônico de livros. No entanto, depois da centésima loja, a Leitura busca um espaço grande na maior metrópole do país. “Se não avançar na loja da Cultura, é provável que a Leitura procure outro ponto para uma megalivraria em São Paulo para 2024”, diz Teles. A rede planeja abrir mais sete unidades pelo país em 2023.

Amazon no Brasil: o setor editorial depende cada vez mais da gigante | Foto: Reprodução/Shutterstock
Dependentes da Amazon

Do presidente de uma das maiores editoras do país: “O mercado editorial está muito difícil”, diz. “E o maior baque este ano foi o escândalo da Americanas.” A varejista, afinal, era um dos mais importantes e tradicionais canais de vendas de livros do Brasil, atingindo municípios brasileiros que não possuíam livrarias. Nas gôndolas da Americanas, perto dos caixas, os livros figuram perto dos chocolates. “Estamos cada vez mais dependentes da Amazon”, finaliza. 

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Foto: Shutterstock
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“Tem muita coisa legal no Brasil”

Aos 48 anos, Guga Stocco é um inovador convicto. Foi um dos criadores do Banco Original e atua no conselho de istração da Totvs, Vinci Partners e Falconi, depois de ter ado pelos conselhos da B3, Carrefour e Cielo. Além de conselheiro, ele é cofundador da Futurum Capital, investidora de startups com 15 negócios. Stocco falou a Oeste sobre inovação, negócios e inteligência artificial.

Guga Stocco: “Inovar é estar atento” | Foto: Divulgação
A Futurum Capital investe em 15 startups brasileiras. Como vocês pesquisam ideias e negócios novos que podem revolucionar setores, como as fintechs revolucionaram o setor financeiro">“Contra o tsunami do atraso”

4 comentários
  1. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    As principais prateleiras das livrarias estão em maioria livros com tendência a esquerda. Isto precisa mudar.

  2. Rosana Vargas
    Rosana Vargas

    Temos que resgatar a boa cultura e incentivar as pessoas a tornarem-se intelectualmente livres. Para isso, temos que estar presentes na música, leitura, pintura, na arte. Resgatar o belo. O homem longe do belo afasta-se de Deus.

    1. Bruno Meyer

      Adorei seu comentário, Rosana.

  3. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Eu fui atropelado pela tecnologia, não consigo acompanhar, ela é muito ligeira e eu tô veinho que pena

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