Nos últimos meses, a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparenta estar despencando entre seus aliados de longa data. Um dos primeiros a soltar a mão de Lula foi o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, que rompeu as relações diplomáticas com o Brasil.
Seguindo o exemplo de Ortega, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, também tem dado indícios de que sua amizade com Lula está abalada. A relação entre eles vem da afinidade de Lula e do PT com o regime de Hugo Chávez, antecessor de Maduro e símbolo da “resistência bolivariana”.
Em 2013, durante a campanha para a “eleição” de Maduro, o petista gravou um vídeo em apoio à campanha presidencial do venezuelano, que havia assumido — de forma interina — o comando do país depois da morte de Chávez. Na época, Lula disse que Maduro foi “essencial” para a construção de uma América Latina “mais democrática e solidária”.
Dez anos depois, quando reassumiu o poder, Lula fez vários elogios a Maduro. Chamou a Venezuela de “democracia” e recebeu o ditador com honrarias de chefe de Estado no Brasil. A recepção foi descrita pelo próprio petista como um “momento histórico”.
Já neste ano, em meio à controvérsia da fraude eleitoral na Venezuela, Lula se esquivou de perguntas relacionadas a Maduro e chegou a afirmar que não via “nada de anormal” no pleito. Apesar dos esforços de Lula para manter um bom relacionamento com o ditador, acontecimentos recentes expõem que as relações diplomáticas entre o Brasil e a Venezuela am por momentos de tensão.
Em 7 de setembro, a ditadura venezuelana decidiu unilateralmente retirar do Brasil a custódia da Embaixada da Argentina em Caracas. O Brasil havia assumido a responsabilidade pela embaixada depois do rompimento diplomático entre o governo de Javier Milei e a Venezuela (na prática, era como se o Brasil representasse os interesses da Argentina no país). Antes da ação, o local foi cercado por agentes de Maduro.
O avanço de Maduro contra o Brasil levou a uma reunião de emergência no Itamaraty. Depois de algumas horas, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que só deixaria a custódia da embaixada argentina se outro país fosse designado para assumir a função.
Desde o incidente, Lula participou de vários compromissos oficiais. Ele não falou dos imes com a ditadura venezuelana. O silêncio do petista pode ser explicado pelos comentários recentes do ditador sobre o Brasil.

Um chá de camomila
As alfinetadas de Nicolás Maduro contra Lula começaram em julho, depois de Lula afirmar que ficou “assustado” com as declarações sobre um “banho de sangue” na Venezuela. No dia 17 daquele mês, o ditador afirmou que o país seria palco de uma “guerra civil” caso ele não fosse reeleito.
Na mesma ocasião em que falou sobre sua suposta “preocupação”, Lula também disse que já havia “alertado” Maduro sobre a importância de ter um “processo eleitoral respeitado e transparente”.
“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance de a Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo […] Ele tem que respeitar o processo democrático”, afirmou Lula
O “susto” de Lula não foi bem recebido por Maduro. Em 23 de julho, o ditador afirmou — sem citar o petista — que quem se sentiu assustado com sua declaração deveria tomar uma providência. “Que tome um chá de camomila”, disse Maduro, durante discurso. “Eu não disse mentiras. Apenas fiz uma reflexão. Quem se assustou que tome um chá de camomila.”
No mesmo discurso, Maduro criticou o processo eleitoral brasileiro e questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas. Ele chegou a afirmar que, no Brasil, as atas de votação não são auditáveis, alegando que o sistema adotado na Venezuela seria “superior”, já que a população tem o às atas
“Em que outra parte do mundo fazem isso">
A ideia de um novo pleito foi inicialmente sugerida por Celso Amorim, assessor de Assuntos Especiais da Presidência, mas gerou críticas tanto de María Corina Machado quanto de Nicolás Maduro. Quinze dias depois da declaração de Lula, Maduro respondeu dizendo que “não havia se metido” nas eleições de 2022 no Brasil.
Apesar de não conseguir agradar nem a comunidade internacional nem seu amigo de longa data, Lula declarou em uma entrevista em 6 de setembro que, embora rejeite o resultado das eleições na Venezuela, não considera o rompimento de relações com Maduro uma opção. Segundo ele, essa medida “prejudicaria o povo”.
Futuro incerto
Até o fechamento desta reportagem, não havia indícios de que outro país assumiria a custódia da Embaixada da Argentina. Desde o ocorrido em 7 de setembro, o Itamaraty não fez novo pronunciamento sobre o assunto. Lula também não rebateu as declarações de Maduro e permanece quieto diante dos novos avanços do “camarada”.
Em 11 de setembro, apoiadores de María Corina Machado se reuniram em frente à Embaixada do Brasil em Caracas, pedindo que Lula interceda pelos presos políticos da ditadura venezuelana. Segundo o Vente Venezuela, o protesto apelava à “solidariedade” do povo brasileiro pela libertação desses prisioneiros.
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Lula é mais do mesmo.
Ainda age como se estivesse fazendo discurso em cima de carroceria de caminhão no ABC.
É, o governo “Lula 3” está tentando superar o “Lula 2”. Na nossa história, junto com nomes do STF, TSE, presidentes da Câmara e do Senado e do Centrão os governos Lula vão fazer parte da explicação da sujeira, espoliação e corrupção no Brasil.
Tanto lá, como cá, a mesma tática da maquininha do TSE, com os mágicos 51%.
Esse filho de Satã que governa o Brasil jogou o país na latrina do mundo com sua política externa da canalhice.