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As tarifas de Donald Trump | Ilustração: Revista Oeste
Edição 264

Cartas na mesa

A dependência do mercado americano é tamanha que o mundo acorda, há 40 anos ou mais, precisando saber o que o ocupante da Casa Branca tomou no café da manhã. Com Trump, é ainda mais necessário

Adalberto Piotto
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Em tempos de guerra tarifária pelo mundo, a recente política americana de reciprocidade comercial adotada pelo presidente Donald Trump provocou a maior reviravolta nos mercados do planeta desde a última crise econômica. Mas, diferentemente da paralisação da economia mundial na pandemia, em 2020, imprevisível na dimensão de suas consequências, o movimento de taxação americana às exportações foi antecipado à exaustão na campanha, nos discursos da vitória e da posse do presidente americano e em todos os outros que anteciparam o “Dia da Libertação”. Diante do que julgavam inusitado, grupos de líderes mundiais, economistas, operadores de grandes fundos de investimento e jornalistas, no Brasil e no mundo, fingiram surpresa ou incredulidade. Dada a imperícia na previsão, restou-lhes desabonar o presidente norte-americano na pessoa física e tentar descredenciar sua gestão. Uma reação improdutiva. Análises ideológicas e reativas sobre questões econômicas não conseguem sequer ser uma conta de soma zero. Resultam negativas em perda de tempo. Afinal, o plano de Trump vem de promessas de campanha cumpridas logo no início de um mandato, a mais transparente preservação do contrato social entre o candidato do palanque e o eleitor nas urnas. No fim do dia, esse mundo atônito foi apresentado à maior e mais longeva democracia da história, a dos americanos, que elegeram um presidente para defender seus interesses.

Retirando do debate a pretensiosa agenda globalista, moldada na Davos com culpa e ineficiente, que quer ditar o que cada um pode ou deve fazer, fiquemos com os limites da sobriedade e o compromisso com os fatos. Estes nos ajudam muito mais a compreender a gênese e os objetivos políticos da medida, as consequências econômicas pretendidas dentro dos EUA, os seus efeitos colaterais pelo mundo e a efetividade da resposta que países que se dizem prejudicados pretendem dar. Por ora, sejamos justos, Trump já lidera o mundo. Em política, não há vácuo de poder. Sempre é claro quem está à frente. E, se o presidente norte-americano vai continuar na liderança, se vai ganhar o jogo na medida que pretende, é algo que requer tempo. Mas uma ressalva: não se pode dizer que seu plano de reindustrializar os Estados Unidos e trazer de volta o comando do quartel-general do Ocidente para Washington seja um plano impensado ou que esteja sendo mal executado.

O plano de Trump para reindustrializar os EUA e reafirmar sua liderança global não é impensado, tampouco mal executado | Foto: Shutterstock

Começo por aí.

A aplicação da política de reciprocidade tarifária, que surpreende pela ousadia, proporção e exposição do próprio presidente sentado à mesa de negociação, foi lançada logo no início do seu mandato. O solavanco possível e até provável de que a medida possa gerar inflação ao consumidor americano e até prejudicar a cadeia produtiva de fábricas dentro do país é, pelo menos no plano político, mitigado pela popularidade, o recall eleitoral e, sejamos justos, a ausência de pudores em Trump de recuar a qualquer momento se julgar necessário, como fez ao suspender por 90 dias as tarifas a quem não retaliou os Estados Unidos. É uma tática ousada de dar as cartas, como ele faz, porque entende o jogo como um perde e ganha, mas sempre entra para ganhar. Ou seja, há muito mais que tarifas na mesa. E o timing político está na mesma mão da dependência que a economia da maioria dos países tem da economia americana.

Tanto que bastou mostrar ao planeta que não estava blefando em reconfigurar as tarifas do comércio global e o mundo se apressou em dizer que também tinha cartas na manga. A resposta veio com a retomada de negociações de acordos regionais para fazer frente aos EUA. E aqui um ponto que pode ou não mudar o jogo: quanto são críveis, no curto e no médio prazo, tais alternativas? O histórico recente de eternas disputas nacionalistas e de protecionismo endógeno não parece jogar a favor dos globalistas contrariados.

Um exemplo é o acordo Mercosul-União Europeia, atrasado em 25 anos, que ganhou um novo fôlego na reunião de Montevidéu, em dezembro do ano ado, já como parte dessa reação à eleição de Trump. No entanto, o acordo saiu da mesa com a necessidade de ser traduzido para as 24 línguas oficiais e ter aprovação no Conselho da União Europeia, no Parlamento Europeu e em cada um dos parlamentos nacionais de uma Europa cada vez mais incomodada com o vizinho ao lado, como sempre foi. Pense no tempo da burocracia europeia, nos tratoraços de holandeses ou alemães e no barulho paralisante que historicamente fazem os produtores agrícolas ses, quando ameaçados de perder a hegemonia em seus mercados. Certa vez, viajando pelo interior da França, ouvi de funcionários do Ministério de Relações Exteriores local que os ses chamam sua zona rural de “jardins ses”. Você já ouviu alguém dizer que aceita perder ou “destruir” seu jardim? É o caso em que a sutileza poética se transforma numa muralha de protecionismo intransponível. Não por acaso, a França tem sido a maior opositora do acordo. E, do lado do Mercosul, também há empecilhos. Politicamente e com economias instáveis, já se viu que tanto à direita quanto à esquerda existem objeções ao acordo em bloco. Pouco tempo atrás, a Argentina de Alberto Fernández colocou água fria por puro protecionismo. Agora, com Javier Milei, namora paralelamente um acordo bilateral com os Estados Unidos. Ou o Uruguai, que há tempos reclama das amarras do Mercosul. Mesmo o Brasil, que tem sido o principal interessado do lado de cá, tende a paralisar a implementação se a Europa insistir nas abusivas e injustas cláusulas ambientais que inviabilizam o agronegócio nacional.

O acordo Mercosul-UE enfrenta entraves na Europa e no próprio bloco sul-americano, em meio ao protecionismo e à instabilidade política | Foto: Shutterstock

Do outro lado do mundo, mais um aceno que os críticos a Trump comemoram, com ressalvas: o renascimento do acordo de livre-comércio que reuniria Japão, China e Coreia do Sul, atualmente pouco provável. Paralisado há cinco anos e evitado há séculos por questões culturais e de nacionalismo fervoroso, está numa região já tumultuada muito antes da Segunda Guerra Mundial e separada politicamente desde então. Um exemplo prático: bastou a China se antecipar em dizer que o grupo dos três países reagiria conjuntamente ao tarifaço americano e Japão e Coreia vieram a público de pronto para desmentir os chineses. Mais: no início desta semana, Coreia e Japão já se prontificaram a negociar com a Casa Branca. Mas note também um aspecto técnico que, se não inviabiliza o acordo asiático, pode não resultar em grandes trocas: é uma região economicamente redundante e com produção de excedentes que não seriam absorvidos facilmente pelo público interno.

O que mais exportam os japoneses (com marcas como Sony, Mitsubishi, Toyota, Honda) ou os coreanos (com Hyundai, Kia Motors e Samsung)? Veículos e eletroeletrônicos de alto valor agregado, cujo consumidor está nos EUA e, em menor número, na Europa. O que a China tem liderado e inovado com suas fábricas que produzem manufaturados em busca de consumidores mundo afora? Veículos elétricos e eletroeletrônicos, semicondutores e produtos de alta tecnologia, itens que Coreia e Japão também produzem ou que têm demanda muito limitada.

Não bastasse o fato de que todos são dependentes das mesmas commodities agrícolas e minerais, além da incômoda semelhança das exportações, o crescimento chinês tem desacelerado nos últimos anos; o consumo das famílias japonesas voltou a cair e o gasto com alimentação chegou a 20,7%, muito acima da média da OCDE (quanto maior o comprometimento do orçamento com comida, menor o poder de compra); e, na Coreia do Sul, o governo gastou em 2022 mais de US$ 200 bilhões em incentivo à natalidade, depois de ver a média de filhos da mulher coreana cair para 0,79. Novos consumidores são feitos de novos bebês, filhos de pais com poder aquisitivo. A Coreia tem pais ricos, mas com cada vez menos filhos. Como projetar aumento de consumo sem gente nova?

O renascimento do acordo China-Japão-Coreia é improvável: há rivalidades históricas, economias similares e demanda interna em queda | Foto: Shutterstock

Longe de desestimular acordos que tornem o mundo mais diverso, até porque isso proporcionaria um ambiente comercial mais saudável nessa nova ordem mundial, fato é que todos ainda acordam querendo saber o que Trump tomou no café da manhã. Em outras palavras, significa dizer que continuam dependentes do mercado americano, como se viu nas reações negativas das bolsas, dos líderes dos países e dos incrédulos analistas que decidiram evitar as evidências. Pior: o tombo e o tamanho da gritaria nos levam a crer que a maioria desses países ou os últimos 10, 20, 30, 40 anos ou mais precisando saber o que foi servido no café da manhã em Washington para tomar decisões. Ou seja, um DNA de caso crônico de dependência.

A história nos ensina que ignorar os fatos não os fazem deixar de existir. Os Estados Unidos são hoje a maior potência econômica do mundo, que decidiu rediscutir as regras porque é exponencial, segue crescendo e, com Donald Trump, persegue mais do que nunca a liderança do planeta. E, mesmo tendo o maior arsenal militar, não recorreu às doutrinas ultraadas de expansionismo territorial à força, tática do século ado e usada pela Rússia na Ucrânia, ontem, em 2022. O movimento de voltar a dar as cartas se dá de dentro do seu território, impondo limites tarifários mais severos para o que compra dos outros e com reciprocidade de alíquotas. Se comercialmente os EUA batem pesado em quem vende para eles, dizem internamente que estão sendo justos. Política, doméstica ou externa, e economia andam juntas sempre. Até aqui, como não há uma ação deliberada de ataque, é difícil chamar de guerra comercial, porque as tarifas de importação impostas não excedem o que os americanos pagam para exportar o mesmo produto. A exceção é o tom adotado e as tarifas de 145% contra a China, uma questão muito mais de geopolítica, de soberania perdida que a pandemia escancarou.

Se os investidores ganharam muito produzindo barato lá atrás, no híbrido de economia de mercado de mão de obra barata com ditadura política chinesa, Trump decidiu dizer às próprias indústrias americanas que quer as fábricas de volta. E tem ofertado redução de impostos, de burocracia e regulação para acelerar a reindustrialização do país. E a resiliência do novo “Make America great again” (MAGA) tem método e estratégia. Lembre-se da dependência extrema de insumos médicos e de quase qualquer coisa que o mundo se viu sob a boa vontade ou decisão exclusivamente chinesa de escolher a quantidade que aceitaria enviar a esse ou àquele país. Era Trump o presidente dos EUA no momento mais severo e incerto da maior crise de saúde pública do nosso tempo. Soberania e autonomia se transformaram em palavras de ordem. O mundo inteiro ficou mais protecionista depois da covid-19. Foi Emmanuel Macron, queridinho dos globalistas “pacifistas”, um dos primeiros a defender que a França deveria trazer fábricas de volta para se proteger da dependência chinesa.

Macron defendeu o retorno de fábricas à França para reduzir a dependência da China, refletindo o novo protecionismo pós-pandemia | Foto: Shutterstock

Daí, analisar o movimento das tarifas do presidente americano dissociadas da história recente não é recomendável, tampouco intelectualmente honesto. Além do mais, o déficit dos EUA com a China foi de quase US$ 300 bilhões em 2024. E o incômodo estridente da opinião pública americana com a recente decadência do poder dos Estados Unidos, durante o governo Joe Biden, foi demonstrado na última eleição. Ignorar a política local para reclamar alguma coisa na seara internacional é não entender como se quebram os ovos para o “breakfast” made in USA.

Por que Macron ou todos os líderes ses que o antecederam têm barrado o acordo com um Mercosul mais eficiente no agronegócio? Ou por que os chineses, com sério déficit na produção de alimentos, não abrem mão de segurança alimentar e compram de quem tem a vender impondo seus manufaturados em troca? Porque ninguém quer barulho interno que desestabilize a vida doméstica ou comprometa sua importância na política internacional. Uma última pergunta: por que, então, em Washington seria diferente agora, ainda mais num país que emergiu como o grande vencedor desde a Segunda Grande Guerra e jamais perdeu sua posição, inclusive como vitorioso da guerra fria?

Os Estados Unidos são hoje o maior PIB do planeta, com larga folga de mais de US$ 10 trilhões em relação ao segundo lugar, a China. Das dez maiores empresas em valor de mercado, logo depois da posse de Trump em janeiro, oito eram americanas e a maioria do ramo da tecnologia, o que significa negócios sustentáveis e produtos de alto valor agregado. Donald Trump sabe e joga com isso. E sabe também que o mundo, que produz excedentes por competência e eficiência econômica, quer e precisa vender. E são os EUA que têm 340 milhões de americanos com alto poder de compra e desejo de consumo latente. Por todas essas razões é que a calibragem do seu MAGA de política comercial externa será balizada, em um primeiro momento, apenas internamente, na medida em que um provável aumento nos preços não enfureça seus eleitores, desarranje as linhas de produção das próprias fábricas americanas por um prazo muito longo e a reindustrialização aconteça em um tempo razoável capaz de mitigar essas dores. À exceção da China, onde a contenda envolve muito mais coisas que as trocas comerciais, ando pelo controle de terras raras, baterias, produção de armas tecnológicas e de microchips avançados usados em inteligência artificial, os Estados Unidos têm atraído um crescente número de países dispostos a negociar, além de um aumento em investimentos contratados, nos termos da Casa Branca. Afinal, se não houver questões de soberania envolvidas, a ninguém interessa deixar de negociar depois que o novo governo Trump decidiu rearrumar o comércio global sob a liderança dos Estados Unidos. Seria mera questão de sensatez dos EUA, dos canadenses, dos mexicanos, dos sul-coreanos, dos japoneses, dos europeus, de vários países asiáticos e da América do Sul.

Trump aposta no poder de consumo dos EUA e na liderança econômica global para redesenhar o comércio mundial sob seus próprios termos | Foto: Shutterstock

É igualmente o caso do Brasil que, apesar de já ter uma balança comercial deficitária com os americanos, estar no maior mercado do mundo e ser parte importante da cadeia produtiva desse que promete ser o ressurgimento da indústria americana, interessa a muitos setores nacionais que produzem com competência. Mas, por termos condições particulares, isso exige pragmatismo para lidar com esse redesenho do comércio global: somos parceiros ocidentais dos Estados Unidos desde sempre, e comerciais da China, com quem temos superávit. Se a guerra entre as duas potências aumentar o tom, ganhamos com aumento na venda de commodities em razão da retaliação chinesa ao agro americano. Do outro lado, a nossa indústria teria sérias dificuldades para sobreviver a uma invasão de manufaturados chineses de baixo custo, que buscariam outro destino que não o mercado americano.

A pergunta é se temos um governo que terá tamanha competência para lidar com essas complexas questões externas. Aí vem nossa contradição. Ao mesmo tempo que temos um setor privado, com ênfase no agronegócio, competente e negociador, o governo tem se revelado inepto como agente de diplomacia. Não por má formação dos nossos diplomatas, mas pelas escolhas ideológicas do governo Lula que alijaram o país do tratamento privilegiado que teria automaticamente pela sua inegável importância geopolítica e como celeiro do mundo. Em todos os ambientes conturbados, além dos incômodos, há oportunidades. Mas, ao apostar num multilateralismo que se desgastou ao longo do tempo, porque enviesado e ineficiente, Lula 3 está gritando sozinho por uma OMC que não existe mais na importância que já teve um dia.

E, se a lição da primeira guerra comercial EUA-China não deixou boas lembranças — à época, até vendemos mais soja para os chineses —, ao em um acordo em 2020 para colocar fim no conflito, os mesmos chineses se comprometeram a comprar US$ 40 bilhões em grãos dos produtores americanos. Ou seja, essa ficha é arriscada. Se serve de alento, o Brasil tem um privilégio raro nestes tempos: só precisa olhar para dentro e criar oportunidades. Mas isso significa combater o inchaço da máquina pública, os rombos no Orçamento, a corrupção, a inflação, o desrespeito à propriedade privada no campo e nas cidades, reduzir a carga tributária e as bobagens diplomáticas de Lula. Também pôr um fim na insegurança jurídica do STF e enfrentar o crime organizado. Esse combo de gestão eficiente recriaria o ambiente de negócios positivo e em expansão que tínhamos até 2022, voltando a atrair investimento externo sustentável e perene. Somos um país de quase 220 milhões de pessoas com desejo de consumo reprimido por falta de poder de compra com preços inflacionados pela máquina ineficiente do Estado e por lacunas gigantes de infraestrutura, além dos tantos solavancos econômicos, como o retrocesso institucional e econômico do atual governo.

Lula
O Brasil tem potencial interno para crescer, mas precisa enfrentar a má gestão pública, a insegurança jurídica e o retrocesso econômico | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Dado que nossos dramas são muito mais domésticos, falta o governo Lula fazer tudo o que está fazendo, ao contrário. Os EUA e a guerra das tarifas são, feliz ou infelizmente, o menor de nossos problemas.

Leia também “Hugo, é a hora e a vez da política dos políticos”

5 comentários
  1. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Pois é, alguns analistas tratam como surpresa, como se fosse o vírus chinês que chegou de repente. Mas não, quem acompanhou o período eleitoral por lá sabe que isto estava nos planos.

  2. Eloisa Moreira Alvesee
    Eloisa Moreira Alvesee

    Parabéns. Claro, objetivo é verdadeiro. O combo sugerido é uma utopia distante.

  3. Lucia Helena Pereira Diniz
    Lucia Helena Pereira Diniz

    Parabéns, excelente matéria.

  4. Lucia Helena Pereira Diniz
    Lucia Helena Pereira Diniz

    Parabéns, excelente matéria.

  5. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Texto bom. Acompanha outras análises consistentes de economistas que usam seu conhecimento para aprofundar a dinâmicas da contabilidade norte-americana. Os economistas têm instrumentos de nálise específica para quem conhece a macro e micro-economia. Ou seja, escolher a leitura, quem escreve, pensa e conhece o assunto está meio difícil aqui no Brasil. Existem premissas inconsistentes tanto na questão de opornidades que poderão surgir para o Brasil como também aquelas que o norte-americano é burro ao escolher produto barato e ruim por outro de melhor qualidade um pouco melhor. E, como o Brasil, os EUA é imenso, com diversidade cultural. É só olhar o resultado das eleições e verificar que um rancho no Texas não é parecido com os grandes lagos que limitm com o Canadá. Até mesmo as tribos indígenas eram diferentes no velho Oeste. Calma, que a tabela apresentada pelo Trump é um mistério para quem tem uma narrativa em esconder as grandes diferenças de tarifas. A esquerda chama de tarifaço. O melhor seria pacote da reciprocidade. Quem entendeu pode ser otimista e aguardar mais um tempinho, pois o primeiro tempo do jogo ainda não terminou. E tem o segundo tempo, ou a segunda etapa…

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