Uma das maiores varejistas de móveis do Brasil está no olho do furacão de uma briga pelo seu controle. A família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, está tentando retomar o comando da empresa da Mobly, para a qual foi vendida no final de 2024, formando o Grupo Toky.
A família tentou uma compra da posição dos alemães, que não foi aceita. Por isso, partiu para uma oferta pública (OPA).
A Toky, por sua vez, já começou a preparar seus processos. Acusou a família de ter pagado 5 milhões de euros antecipadamente aos alemães para adesão à OPA. E agora o conselho da Mobly autorizou medidas judiciais contra a família Dubrule, acusando-a de crimes de manipulação de mercado e inside informations, entre outros.
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Todo mundo quer um galpão
O mercado de galpões logísticos registra forte expansão em 2025.
Segundo dados da Colliers, no primeiro trimestre do ano a absorção líquida do setor, que chegou a 729 mil metros quadrados, foi mais do que o dobro da entrega de novos galpões, que ficou em 348 mil metros quadrados.
O inventário total chegou a 28,3 milhões de metros quadrados, e outros 3 milhões de metros quadrados são aguardados até o final do ano.
A taxa de vacância caiu para 8%, enquanto o preço médio continuou subindo, chegando a R$ 29 por metros quadrados por mês.

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Escritórios também sobem
Os preços dos escritórios em São Paulo voltaram a subir e atingiram um valor recorde no primeiro trimestre do ano.
Segundo dados da consultoria Binswanger Brazil, o maior mercado imobiliário do país, o preço médio por metro quadrado chegou a R$ 115,95.
Em contrapartida, a taxa de vacância continuou caindo, ficando em 17,8%, ante os 19,4% do quarto trimestre.
Foi registrada uma absorção líquida de 84,6 mil metros quadrados, mais uma vez superior ao patamar de 80 mil metros quadrados, pelo terceiro trimestre consecutivo.
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BRF das arábias
O gigante brasileiro das carnes BRF anunciou um investimento bilionário na Arábia Saudita para triplicar a produção local de carne nos próximos anos.
A empresa construirá uma nova fábrica de produtos processados em Jeddah, por um custo de US$ 160 milhões. Mais de R$ 1 bilhão.
A nova planta poderá produzir 40 mil toneladas por ano de produtos à base de aves e bovinos, aumentando sua produção local de 17 mil para 57 mil toneladas por ano.

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Chocolates e bilhões
A varejista Americanas bateu seu próprio recorde e alcançou R$ 1 bilhão em vendas de chocolate na Páscoa de 2025.
Neste ano, a alta das vendas foi de 12% nas categorias de itens sazonais e de bombonnière nas lojas.
A alta demanda dos clientes, especialmente nas chamadas “mesmas lojas”, deixou a diretoria da varejista bem otimista com o futuro.
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Quem sai da bolsa dos EUA…
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) vai deixar a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
O gigante varejista brasileiro apresentará formalmente o formulário final para cancelamento de registro à SEC, o equivalente à CVM no Brasil.
A principal razão pela qual o GPA pediu a delistagem da NYSE foi o baixo volume de negociações em seus ADS, as ações equivalentes aos papéis brasileiros: apenas 0,3%.
Isso porque, ainda que o volume seja baixo, os custos e as regulações obrigatórias para manter a companhia listada em solo americano são elevados. Assim, o GPA optou pela redução dos gastos.

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… e quem entra
A JBS está avançando no projeto de listar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York.
A multinacional brasileira das carnes concluiu o registro junto à SEC e convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 23 de maio, na qual será votada a proposta que poderá levar à dupla listagem.
Os dois principais controladores da JBS — J&F Investimentos e BNDESPar — anunciaram que vão se abster da votação. Portanto, a decisão ficará a cargo dos acionistas minoritários, que possuem cerca de 30% do valor total da empresa.
A previsão é de que até junho a JBS seja listada também em Nova York.
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Todo mundo quer vinho italiano
A exportação de vinhos italianos em 2025 está surpreendendo.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, nos três primeiros meses do ano, as vendas de vinhos italianos no mercado brasileiro subiram 14% na comparação com o mesmo período de 2024.
Uma alta expressiva que segue o bom momento de 2024, quando as exportações cresceram 12% e atingiram um patamar de 10,9 milhões de litros.
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Ótima coluna. A TokStok é uma excelente loja, agradável. Espero que se reerga.