Afirmar que Rute é boazinha, e Raquel, má é verdade tão patente e incontestável quanto o fato de que o candidato Lula sempre sabe de tudo (todas as respostas para todas as perguntas decorrentes de todos os males do Brasil… incluindo as saúvas), enquanto o Presidente Lula nunca sabe de nada. Nada soubera do Mensalão, nada sabia do Petrolão e, agora, nada sabe do abjeto escândalo, exponencial e vertiginosamente metastatizado sob seu terceiro mandato presidencial — ou seria “mandado” presidencial? —, que, ao que se sabe até o momento, tungou, direto da fonte (o INSS), mais de R$ 6 bilhões dos aposentados e pensionistas brasileiros.
Wadih Damous foi colocado por Lula na Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacom) e, mesmo diante de um aumento de 500% nas reclamações sobre os descontos não autorizados em aposentadorias, nada fez. Desde 2023 até o presente, o número de reclamações ignoradas caminha para 800. Mas bastou uma única reclamação do ministro Alexandre de Moraes contra o Google para que a Senacom de Wadih Damous silenciasse a opinião da multinacional contra o projeto de lei de “regulação” das redes sociais “contra” a “desinformação”.

Lula não deve saber nada disso. Afinal, Damous, o Wadih, está prestes a ser promovido pelo mesmo Lula ao posto de diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) — promoção patrocinada por um empresário regulado pela ANS, o famigerado Júnior da Amil. Famoso por cancelar planos de idosos no curso de internações e de famílias inteiras em razão de filhos autistas, Júnior é muito generoso com Lula, como no caso da carona que deu a ele, então presidente recém-eleito, e Janja em um voo direto até o Egito no seu Gulfstream G600 (um brinquedo de cerca de R$ 300 milhões).

De igual maneira, Lula não fazia ideia da incompetência de cinco ministros de Estado que ele nomeou pessoalmente:
(i) nem dos seus dois ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino e Ricardo Lewandowski — chefes daquele mesmo Wadih (a Senacom é órgão subordinado ao Ministério da Justiça) —, sujeitos que enganaram o presidente a ponto de levá-lo a acreditar que detinham “notável saber jurídico”. Seria irresponsável, pois absurdo, cogitar que Lula, ao nomeá-los, tenha violado o critério constitucional do “notável saber”, requisito legal indispensável (sob pena de nulidade) para o cargo de ministro do Supremo (tão absurdo que uma aniquilação presidencial desse parâmetro teria sido desmascarada ao longo das rigorosas sabatinas no Senado);
(ii) nem de Carlos Lupi, o seu ministro da Previdência Social, que alega absoluta incapacidade para qualquer providência decorrente de previdência pessoal ou diante de farta evidência reada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), chegando a interceder pela nomeação de um suspeito ao cargo de procurador-geral do INSS. Leia-se: exigir que uma suspeita raposa vigie o galinheiro;

(iii) nem de Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, responsável pelo Cadastro Único para Programas Sociais, cujos dados vinham sendo manipulados para a inclusão de beneficiários fictícios;
(iv) nem mesmo de André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura, citado nas investigações pelas concessões irregulares de registros para a solicitação de benefícios previdenciários, especialmente no Estado do Maranhão, que elegera Flávio Dino senador.
Pobre Lula… por nada saber, sequer podia suspeitar do suposto envolvimento de seu próprio irmão, o Frei Chico, que, de Frei, está tanto para o voto sacerdotal de pobreza quanto João está “de Deus”.

Tanto Lula nunca sabe de nada, que entrará para os livros de história como o presidente mais desinformado. Nunca antes na história deste país existiu alguém tão desinformado.
Contudo, uma vez que os ministros supremos lotados no Supremo julgam ser a desinformação o mal maior do Brasil, causa espanto que Lula ainda permaneça no cargo. Afinal, se a Constituição de 1988 — a qual juram respeitar e proteger — determina que o Estado ampare os idosos, garantindo-lhes proteção especial ao lado de crianças, vulneráveis e consumidores, o assalto aos aposentados e pensionistas atenta mais contra o Estado de Direito brasileiro do que o trecho de um rascunho de proposta de minuta que cogite males a autoridades nacionais. Ao contrário dos nossos idosos, as nossas autoridades não contam com essa proteção especial constitucionalmente exigida do Estado.
Será que os nossos ministros da Corte Constitucional não leram a nossa Constituição e, do mesmo modo que o presidente Lula, não sabem de nada?

Se de nada sabem, como é possível reconhecer o “notável saber” de cada um deles? Teriam enganado os senadores da República? Ou os nossos senadores também nada sabiam e nada sabem acerca do que deveriam saber e daquilo que poderiam fazer ou os nossos ministros supremos sabem muito sobre eles — hipótese na qual a última instância do nosso Poder Judiciário nada sabe do Direito e tudo sabem do errado.
Que angústia! Talvez seja melhor nem saber, mas sempre sabendo que Lula de nada sabia. Nem venham, depois, algum juizeco e outro promotorzinho acusar e condenar Lula a partir de “colaborações premiadas” obtidas de suspeitos presos com a finalidade de delatar. Verdadeiras confissões de culpa alheia amparadas em boatos e testemunhos de segunda mão. A jurisprudência é pacífica: tal método só se ite contra os presidentes adversários do presidente Lula.
Por que não a Lula? Porque Lula é o Filho do Brasil. O maior deles. É o mais grandessíssimo filho, pois, da indelével lição de Paulo Freire, Lula é o símbolo da realização do sonho de todo brasileiro cativo: a prova do triunfo da vontade do oprimido que se torna o mandatário geral dos opressores.
Leia também “Na minha desopinião, entre descondenados e desacontecidos, o Brasil segue desgraçado”
Bota essas pestes bubônicas toda na cadeia que é lugar dessa miséra
Pavi sempre impecável 👏👏👏👏❤️❤️
Junior da Amil, mais um ”empresário” estatal, assim como Joesley Batista, Luiza Trajano, Marcelo Odebrecht, e tantos outros.
Impecável.
O GPT já respondeu para mim “O Frei Chico, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não é um frei religioso. O nome “Frei Chico” é um apelido. O verdadeiro nome dele é José Ferreira da Silva, e ele foi militante sindical e membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB). O apelido surgiu em alusão ao personagem “Frei Chico” das histórias em quadrinhos do Zé do Caixão, e também por influência da militância operária — mas ele nunca pertenceu a uma ordem religiosa”
Eu estava curioso para saber como aquela família disfuncional conseguiu produzir um frei. Agora já sei, não produziu. Parece que trabalhar não é um dos pontos fortes dos filhos da Dona Lindu e do marido (nunca citado, se bem que o Hitler também não guardava recordações agradáveis do Alois Schicklgruber
Excelente!
Este irmão do pudim de cachaça é frei de qual ordem ?
Gosto muito do Pavinatto pela ironia deslavada, pela ironia contida, pela ironia simplória, pela ironia clássica. gsto do Pavinatto pelos conhecimentos gerais, pelos conhecimentos de bastidores e pelos conhecimentos do Direito. Suas análises são sempre com fundamentações adequadas. Pois…conhece. Nota 1000.
SÓ FALTA ELE DISSER QUE O IRMÃO NÃO E DELE E DE UM AMIGO DELE
Li em outro artigo sobre o assunto o comentário de um dizendo que “Lula dirá que Frei Chico não é irmão dele mas sim do Bosonaro” não é difícil não!