O Rappi decidiu declarar guerra ao iFood e disputar um segmento onde a rival controla 80% do mercado: o de restaurantes. A empresa colombiana implementará uma política de taxa zero para entregas de restaurantes ao longo dos próximos três anos, eliminando a atual cobrança de 23% do valor do pedido dos estabelecimentos. Seguirá em vigor apenas a taxa de intermediação financeira de 3,5%, mesma porcentagem cobrada pelas máquinas no balcão.
Essa nova diretriz de negócios foi elaborada pelo Rappi junto à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que há anos tenta contrastar o quase monopólio do iFood no segmento.
iFood contra-ataca
Se o Rappi entrou no gosto do brasileiro ao entregar produtos de supermercado, farmácias e outros comércios, o iFood também começa a abocanhar uma parte desse mercado.
O iFood quer replicar o sucesso que teve com restaurantes e se tornar o “faz-tudo” brasileiro, por meio do serviço de entrega de produtos de outros vendedores e lojistas na casa dos clientes.
Esse serviço já existe dentro da plataforma do iFood, mas representa apenas 15% do faturamento. O objetivo é elevar essa fatia para 40% ao longo dos próximos três anos.
O iFood nega, entretanto, que essa estratégia seja uma resposta à tentativa de expansão do Rappi.

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Xô, recuperação judicial
A Gol está tentando sair o mais rápido possível do Chapter 11, o processo de recuperação judicial iniciado nos Estados Unidos.
A empresa aérea antecipou a divulgação dos seus principais números do primeiro trimestre a fim de agilizar a negociação com os credores remanescentes.
A Gol já tinha fechado acordo com o grupo de detentores de notas sênior garantidas para 2026, que se comprometeram a subscrever US$ 125 milhões em novas notas do financiamento de saída. Com isso, a aérea conseguiria US$ quase 1,4 bilhão dos cerca de US$ 2 bilhões previstos. Agora só faltam os US$ 525 milhões restantes, que a empresa espera conseguir o quanto antes.
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CNA otimista com o futuro
Mesmo com um conflito tarifário entre China e Estados Unidos, o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, está otimista com o futuro do agronegócio brasileiro.
Segundo ele, mesmo em um cenário ainda confuso e incerto, americanos e chineses encontrarão um acordo para encerrar a guerra comercial. O presidente salientou que a China está aumentando suas compras de soja brasileira.
Martins discursou durante o evento Cenário Geopolítico e Agricultura Tropical, promovido pela CNA em São Paulo.

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Carne brasileira conquista os EUA
Mesmo com a imposição de uma nova tarifa alfandegária de 10% sobre as importações por parte do governo dos Estados Unidos, o Brasil está conseguindo aumentar suas vendas de carne bovina para os americanos.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), em abril as vendas de carne bovina brasileira para os Estados Unidos somaram cerca de 50 mil toneladas.
Um número surpreendente, considerando que no mesmo mês do ano ado as vendas do produto para o mercado americano se limitaram a 8 mil toneladas.
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Populismo motoqueiro
O governo Lula quer tentar conquistar o voto dos entregadores de aplicativos. Para isso, estuda o fornecimento de uma linha de crédito especial por parte dos bancos públicos dedicada exclusivamente a essa categoria profissional.
O objetivo do governo é permitir a troca de motocicletas usadas com financiamento subsidiado.
O presidente Lula se reuniu com os presidentes da Caixa, Carlos Vieira, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, além de outros membros e técnicos do governo. A proposta deverá ser apresentada nas próximas semanas.

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Arcabouço fiscal para quê?
O arcabouço fiscal, já abundantemente violado pelo governo federal nos últimos dois anos graças a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que retiraram várias despesas de seu cálculo, poderia sofrer outro baque.
A ideia do Executivo é elevar o limite de gastos do arcabouço fiscal a partir de 2027 por causa do excesso de despesas representadas pelo pagamento dos precatórios. Atualmente, por decisão do STF, esse montante não é contabilizado na meta.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, seria necessário aumentar o teto atual de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões a fim de abarcar esses pagamentos.
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PagSeguro campeão de reclamações
O PagSeguro ganhou o título de empresa com maior número de reclamações do Brasil.
Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), em 2024 o PagSeguro registrou mais de 74 queixas a cada 1 milhão de clientes. O maior índice de reclamações das instituições financeiras e de pagamentos no período.
As principais reclamações se referiram a irregularidades nas contas de pagamento, seguidas pela insatisfação com o serviço de atendimento.
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Consumidores brasileiros otimistas
O Índice de Confiança do Consumidor Shopee (ICC — Shopee) mostra que o consumidor brasileiro está mais otimista com o futuro.
Em abril, a pesquisa registrou 115 pontos, o maior patamar desde novembro de 2024, quando o ICC registrou 117 pontos.
Em comparação, em abril de 2024 o índice apontava 113 pontos.
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Vai um carrinho aí?
A produção de veículos no Brasil registrou uma alta de mais de 20% em abril, chegando a quase 230 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus fabricados no mês.
Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), graças à produção do mês ado a indústria automotiva brasileira acumulou um crescimento de aproximadamente 7% no primeiro quadrimestre de 2025.
Todavia, segundo o presidente da Anfavea, Igor Calvet, os emplacamentos diários em abril somaram cerca de 10 mil unidades. Número semelhante ao registrado em março e invariável em relação ao nível registrado em 2024. A estagnação é provocada pela alta dos juros, que dificulta o financiamento para a venda de novos veículos.

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Mais uma ideia de jerico da quadrilha alojada em Brasília. Endividar os coitados dos motoqueiros!