O país vive aquele tipo de momento que seria cômico se não fosse trágico. Confrontados com um buquê de absurdos, milhões de brasileiros concentram sua atenção no que é menos importante.
Há menos de dois meses, por exemplo, a Polícia Federal desmantelou uma quadrilha que roubou de aposentados e pensionistas uma fortuna de, no mínimo, R$ 6,3 bilhões, que pode chegar a R$ 90 bilhões. Estão afundados nesse pântano um ministro de Estado, já demitido, e o irmão mais velho do presidente da República. Vulgo Frei Chico, ele tem 83 anos e controla um sindicato. Em vez de exigir a identificação de todos os envolvidos nessa ladroagem torpe, até os homens de bem parecem mais preocupados em saber como — e quando — o dinheiro será devolvido. Individualmente, os valores são baixos (de R$ 45 a R$ 70 por mês). Mas o governo vai esperar pelo menos até dezembro para devolver (com o dinheiro dos pagadores de impostos) o que foi embolsado por lulistas que governam sindicatos e associações.
A Constituição informa que a principal função do Supremo Tribunal Federal é garantir o seu cumprimento. Mas o STF insiste em comportar-se como um fora da lei. O artigo 5º garante a liberdade de expressão “independentemente de censura ou licença”. O artigo 220 afirma que “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação […] não sofrerão qualquer restrição” e veda expressamente “toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. A reportagem de capa desta edição, assinada por Cristyan Costa, mostra que a Corte rasgou mais esses trechos e está prestes a colocar sob censura as redes sociais. Previsivelmente tem o apoio ir de um governo que se diz democrático e conta com o silêncio cúmplice da imprensa velha.
Desde o início do terceiro mandato de Lula, o país acumula os piores índices de degradação ambiental, com a devastação da Amazônia, do Cerrado, do Pantanal e da Mata Atlântica. “Na Amazônia Legal, o estrago já a de 34 mil quilômetros quadrados — aumento de mais de 480% em relação ao período anterior”, aponta Silvio Navarro. Incapaz de achar explicações para o desastre, a ministra Marina Silva abandonou uma audiência no Congresso depois de acusar os parlamentares de racismo, misoginia e sexismo.
No Rio Grande do Sul, uma jornalista foi condenada a pagar R$ 600 mil por revelar que uma desembargadora, beneficiada por penduricalhos, recebeu um contracheque mensal de R$ 662 mil — mais de R$ 600 mil acima do teto do funcionalismo público (pouco mais de R$ 46 mil). Como destaca Augusto Nunes, a magistrada perdulária ficou muito magoada com a divulgação do recorde que estabeleceu em abril de 2023. Pelo visto, a mágoa só vai ar se receber mais R$ 600 mil.
“Não tente encontrar alguma coisa certa; você vai apenas perder o seu tempo”, afirma J.R. Guzzo. A boa notícia, ele lembra, é que Lula a, mas o Brasil fica. “E o Brasil é muito maior que a capacidade de destruição do regime Lula-STF”, conclui.
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Nesta quinta-feira, 29, o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, participou do programa Arena Oeste, comandado por Silvio Navarro. Antes da entrevista, Zucco entregou a Medalha Heróis do Rio Grande à redação, em reconhecimento ao trabalho de socorro ao Estado devastado pelas enchentes de maio de 2024.
Na ocasião, Oeste arrecadou mais de R$ 5 milhões com leitores e espectadores. Os recursos foram destinados a pessoas e instituições diretamente engajadas na reconstrução das cidades e na assistência às vítimas da tragédia.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação

Merecido reconhecimento, a atuação da Oeste nas enchentes do RS.
Li o editorial e quero continuar lendo notícias, para depois ler os comentários jornalísticos. Como seguir em frente?
Revista oeste de parabéns pelo esforço e empenho pela causa mais importante da sociedade brasileira, a liberdade
Parabéns à Oeste pelo merecidíssimo troféu HERÓIS DO RIO GRANDE. A campanha de vocês foi espetacular.