O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou, nesta terça-feira, 29, que pretende vender todas as fazendas do Estado que estejam ociosas. Ele ressaltou, contudo, o interesse em manter áreas destinadas a trabalhos de pesquisa.
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A afirmação foi feita durante a Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, em Ribeirão Preto, no interior paulista. Tarcísio apontou que a venda das propriedades sem uso pode gerar uma receita de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
“É uma receita relevante”, afirmou o governador. “A gente não pode prescindir, não pode abrir mão. É patrimônio imobiliário do Estado de São Paulo.”
O governador afastou, no entanto, a possibilidade de comercializar áreas como a Fazenda Santa Elisa, que abriga o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Além disso, o local conta com campos experimentais considerados referências internacionais.
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“A questão da venda das fazendas, observe: a gente vai vender aquilo que de fato for ocioso. Aquilo que está sendo usado em pesquisa, nós não vamos mexer”, explicou Tarcísio. “Esquece que a gente vai vender a Fazenda Santa Elisa, não vai. Agora, existem terras ociosas e essas terras ociosas são importantes, porque não adianta achar que o Estado vai fazer a gestão com patrimônio imobiliário gigantesco. Não faz sentido isso. E a gente não pode ficar agarrado em patrimônio.”
Governo de Tarcísio promete R$ 600 milhões em investimentos
Durante a visita à Agrishow, o governador de São Paulo também anunciou um pacote de R$ 600 milhões em investimentos no agronegócio paulista. A quantia inclui R$ 100 milhões para o seguro rural, além de subsídios para aquisição de maquinário agrícola.

Outros R$ 200 milhões do total anunciado será, de acordo com o governador, aplicado em diversas medidas que valorizem e facilitem o trabalho diário do agro em São Paulo.
Em sua 30ª edição, a Agrishow ocorre até a próxima sexta-feira, 2. O evento espera receber cerca de 200 mil pessoas de 70 países. Os organizadores estimam que a edição deste ano do evento vai movimentar R$ 15 bilhões em negociações.
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