O consumo de álcool é uma prática comum em diversas culturas ao redor do mundo. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool. Mesmo em doses consideradas baixas, o álcool pode representar riscos significativos à saúde. O Dr. Drauzio Varella (CRM 13.449SP), renomado médico oncologista, também alerta sobre os perigos do consumo excessivo de álcool e reforça que a conscientização é fundamental para a saúde pública.
Estudos têm mostrado que o consumo está associado a um aumento no risco de desenvolvimento de mais de 200 doenças e lesões. Além disso, o consumo de álcool está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde, tais como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças não transmissíveis graves, como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito. Essa ampla gama de problemas de saúde inclui doenças cardiovasculares, cânceres e distúrbios hepáticos, entre outros. O consumo de álcool pode afetar o sistema cardiovascular de várias formas. Existem estudos que mostram que, em doses moderadas, ele pode ter um efeito vasodilatador e reduzir a pressão arterial. No entanto, em doses elevadas ou crônicas, ele pode causar hipertensão, arritmias, cardiomiopatia, infarto e acidente vascular cerebral. Portanto, a ideia de que pequenas quantidades de álcool podem ser benéficas para o coração não é sustentada por evidências científicas robustas. Dr. Varella enfatiza que mais pesquisas são necessárias para esclarecer completamente o impacto do álcool no sistema cardiovascular.
Quais são os riscos de misturar álcool com medicamentos?
Uma preocupação adicional ao consumo é a interação com medicamentos. O fígado, responsável pela metabolização de substâncias no organismo, pode ficar sobrecarregado quando precisa processar álcool e medicamentos simultaneamente. Isso pode resultar na redução da eficácia dos medicamentos ou na potencialização de seus efeitos colaterais. O Dr. Drauzio Varella destaca a importância de consultar um médico antes de fazer uso de medicamentos em conjunto com o álcool.
É importante destacar que muitos medicamentos, especialmente analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), são utilizados de forma inadequada para tentar prevenir ou aliviar os sintomas da ressaca. No entanto, esses medicamentos não têm essa indicação em suas bulas e podem, inclusive, causar efeitos adversos quando usados de maneira indiscriminada.